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sexta-feira

28 agosto 2020

22:08:38
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Neste programa falaremos sobre a história do luto pelo Imam Hussein (que a paz esteja com ele).Cumprimentos cordiais a todos vocês estimados ouvintes da Voz Exterior da República Islâmica do Irã, estamos a seu serviço com o segundo programa dos ritos de Moharam e Ashura. Neste episódio estudaremos a rota histórica da comemoração dos mártires de Karbala.

A cerimônia de luto do Imam Hussein comemorou-se pela primeira vez  no dia 11 de Moharam do ano 61 da hégira lunar ao lado da memória dos  nobres,  mártires por parte dos membros de Ahlul-Beit.
Quando Omar bin Saad ordenou expulsar  os membros de Ahlul- Beit de suas lojas e os levar a Kufa, as mães, esposas e filhas dos mártires se despediram com amargura diantes dos corpos de seus entes  queridos. À comandante das mulheres, Hazrat Zeinab (cumprimentos seja para ela), em umas de suas palavras cheias de fogo e pranto que estremeceram a amigos e inimigos, que diz: “Oh! Mohamad (cumprimentos seja para ele e seus descendentes) cumprimentos dos anjos do céu para você! Agora é Hussein que cai e têm se juntado  a terra com seu sangue  estão atirados seus corpos seccionados. ¡Oh Mohamad!  são elas suas filhas que têm sido aprisionadas, estes são seus filhos que o vento de Saba sopra sobre seus corpos”.
Ao entrar na caravana dos prisioneiros em Kufa, Hazrat Sajjad (que a paz esteja com ele), Hazrat Zeinab e Umm-ol- Kolsum (cumprimentos seja para elas) discutiram com o povo  de Kufa.  Depois do discurso, escutaram-se gritos e prantos das casas dos kufianos, como típicos sinais de duelo pelos mártires e rejeição à dinastía omeya.
Após a entrada da caravana dos prisioneiros a Sham (Síria atual) e os sermões do Imam Sajjad, nesta cidade, Yazid permitiu  Ahlul-Beit que para o Imam Hussein  expressassem seu pesar por ele , a partir daí foi que Ahlul-Beit determinou os três dias de luto oficial em Sham. Depois daquele sermão e o luto, criou-se uma grande revolução nas mentes dos que viviam em Sham e a maioria do povo começou a mostrar pessimismo com respeito ao governo.
A seguir realizou-se o duelo em Medina. Após a entrada de Ahlul-Beit em Medina, celebraram-se atividades fúnebres em geral e todos os povos  de Medina chorou. Depois, personagens conhecidas realizaram reuniões de duelo. Entre as pessoas que convocaram estas reuniões em Medina foi  Hazrat Zeinab. Este luto deixou  Medina em vésperas de exploração de um movimento em massa. O general Omar bin Saad informou a Yazid disso e lhe advertiu de que a presença de Hazrat Zeinab em Medina colocava as ideias, porque foi  uma conferência inteligente e hábil e, ademais, ela e suas  companheiras tentavam se levantar para vingar o Imam Hussein. Por isso Hazrat Zainab foi expulsa de Sham e levada ao Egito em que lá faleceu. Após o martírio do Imam Hussein os sublimes   xiitas participaram nas cerimônias de luto e dor.
No período do Imam Baquer e o Imam Sadiq (que a paz esteja com eles), o governo omavita havia  debilitado-se mais que antes e finalmente foi derrotado pelos abasies.  Nesse período, o governo dos Abasi, no início , tinha um comportamento mais suave com a família do Profeta e estes dois sublimes a cada ano realizavam diversas reuniões de luto pelo Imam Hussein. No entanto, depois impediu-se a extensão destas comemorações fúnebres. Esta situação desordenada continuou até o período do Imamato do Imam Reza (que a paz esteja com ele). Nesse tempo, os xiitas viveram em melhores condições e as cerimônias de luto celebraram-se com mais tranquilidade. Mas após o martírio do Imam Reza, os infalíveis de Ahlul-Beit iniciaram uma luta secreta e não tinha oportunidade de realizar as cerimônias de luto. O luto evidente no período do Imamato dos infalíveis só se celebrava ao lado do mausoléu do Imam Hussein e, os xiitas por segurança de preservarem suas vidas, realizavam as cerimônias de luto em suas casas. 
No século III, IV, V, simultaneamente com a formação dos governos de Ale-Buye  no Iraque, Hamdanion na Síria e Fatemion no Egito, estendeu-se a religião dos xiitas e, portanto, as cerimônias de luto, de tal modo que em muitas cidades se anunciava no Dia de Ashura como dia de luto e feriado. 
Em Moharam do ano de 353 da hégira lunar, Moezed-oleh Dailami ordenou fechar as lojas e declarou-o mês de feriado. Nesses dias, as pessoas saíam às ruas vestidas de negro e chorando, em geral reinava um ambiente de luto. De modo que o duelo geral converteu-se em uma tradição entre os xiitas. Durante este período, a poesia foi escrita em forma de canção .Por referência à repressão e tirania dos omavitas e abasies e ao prestígio e o lugar de Ahlul-Beit. As pessoas durante as cerimônias do luto  os poetas em suas canções  davam maior atenção à Wilayat de Ahlul-Beit.
Os governadores selyucidas eram partidários de Ahlul-Beit. Malek Shah foi um dos reis Selyuk, que juntamente com Khajeh Nizam, viajou no ano de 479 da hégira lunar de peregrinação a Kazemain, Najaf e Karbala. Mohammad bin Abdula al-Balkhi, que foi um dos escritores daquela época , narrou e cantou para os ulemas, estudantes e autoridades sunitas temas sobre inocência de Ahlul-Beit. Tais cerimônias continuaram até o princípio do reinado de Toqrul Saljuki em Bagdá e algumas cidades do Irã.
Ilkhanian, que era da tribo dos mongoles e filhos de Genghis, tomou o poder na segunda metade do século VII. Neste período, os xiitas encontraram a oportunidade adequada para realizar abertamente suas cerimônias religiosas. Kazan Khan não tinha problema com os xiitas e finalmente, no período de Ulyayto, a religião xiita converteu-se na religião oficial do país. Os xiitas,em todos os anos no mês de Moharam, livremente podiam celebrar suas cerimônias de duelo. Inclusive  no século VIIII no período dos Timores, em sua capital Herrat, além do povo, os príncipes e os líderes do país, com a chegada do mês de Moharam, vestiam-se de um rigoroso luto e participavam nas cerimônias fúnebres, lamentando-se e chorando pelos queridos mártires de Ahlul-Beit.
Estimados ouvintes convidamo-lhes a conhecer mais sobre a história das cerimônias de luto realizada em nome do Imam Hussein nos próximos programas, acompanhem-nos.
 
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