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sábado

24 outubro 2020

22:02:30
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Em luto pela lua de Samarra (especial por ocasião do martírio de Imam Hassan Al-Ascari (SA))

No aniversário do martírio do Imam Abu Muhammad al-Hassan ibn Ali, ou seja, Hassan Al-Ascari (que seja a paz com ele), saudamos o grande Profeta do Islã (a paz esteja com ele e seus descendentes) e, aproveitamos esta oportunidade para agradecer a Deus Todo-Poderoso pela existência dessas fontes de orientação.

O oitavo dia do mês de Rabi al-Awwal (o terceiro mês do calendário islâmico), foi um dia triste para o povo da cidade de Samara, porque receberam a triste notícia do martírio do jovem Imam Hassan Al-Ascari. Ele, o décimo primeiro Imam de muçulmanos xiitas, nasceu no ano 232 do calendário lunar. Seu pai foi Ali Al-Hadi, o décimo Imam dos muçulmanos xiitas, e sua mãe eram uma mulher digna e castra chamada Hadise.

O Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) nasceu na cidade de Medina, a Iluminada, no Hidjáz, no ano 232 Hégira (847 d.C.), partindo com seu pai Ali Al-Hádi (A.S) quando o mesmo foi chamado pelo Al-Mutauakel para se domiciliar na cidade de Samarra, ao norte de Bagdá, no Iraque, no ano 243 Hégira (858 d.C.) permanecendo nela a maior parte de sua vida. O Imam Al-Hassan Al-Ascari era neto do Imam Mohammad Al-Javád, bisneto do Imam Ali Al-Redha, tataraneto do Imam Mussa Al-Cázem, e este último, filho do Imam Jafar Assadeq, neto do Imam Mohammad Al-Báquer, bisneto do Imam Ali Assajjád, tataraneto do Imam Al-Hussein ibn Ali ibn abi Taleb (A.S). O Imam Al-Hassan ibn Ali Al-Hádi (A.S), foi cognominado por “Al-Ascari”, por causa da localidade onde ele morava e que se chamava A-lAscar, na cidade de Samarra.

Também é conhecido por outros cognomes como Naghi, Zaqui e Abu Mohamad. O Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) tomou posse de seu Imamato depois do falecimento de seu pai, o Imam Ali Al-Hádi (A.S) no ano de 254 Hejríta (870 d.C.), na cidade de Samarra, ainda no tempo do Califa Abássida Al-Muutazz. Tinha ele 22 anos de idade, dirigindo a comunidade islâmica durante o curto período de seis anos, quando ele caiu martirizado aos 28 anos de idade. O Imam foi enterrado em sua casa na cidade de Samarra, ao lado do mausoléu de seu proeminente pai.

As virtudes e perfeições elevadas que o Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) desfrutava com a devoção e o bom caráter na bondade e na castidade, tal como o foram os seus purificados ancestrais (A.S), tudo isso, fizeram dele uma personalidade destacada entre as pessoas, cuja posição apurada e espaço importante, excederam os que se pretendiam se igualar a ele. Certamente que, até os seus inimigos reconheciam a sua potencialidade e o preferiam aos próprios amigos.

Conta-nos a história, que Ahmed ibn Obaidallah ibn Al-Khalqán, que foi um ilustre que ocupava importante posição em Qum, no Irã, e era de conhecimento geral que ele hostilizava todos os provenientes de “Ahlul Bait” (A.S). Contudo, ele mencionou o Imam Al-Ascari (A.S) em seu gabinete, dizendo:

“Jamais vi”, nem conheci alguém em Samarra como Al-Hassan ibn Ali pela sua orientação, calma, castidade, fidalguia e importância entre a sua gente, e os Bani Háchem, apesar de ser o mais novo dentre eles, ele era possuidor de moral impecável e de virtude ímpar no conceito dos governantes, ministros e demais autoridades!. Lembro-me que um dia, estive no gabinete do meu pai Obaidallah, o qual ocupava o cargo de ministro do Governo Abássida, quando entrou o Imam Al-Hassan Al Ascari. Imediatamente, meu pai foi ao seu encontro e o abraçou, beijando-lhe o rosto e fazendo-o sentar-se ao seu lado, olhando-o com admiração. Ah, eu reconheço que o Imam possuía uma presença majestosa e um belo porte! Enfim, ambos começaram uma palestra cultivável, enquanto eu presenciava a tudo surpreso e estupefato, pois eu nunca vira o meu pai agir com alguém desta forma. Depois que o Imam se foi, pedi a palavra ao meu pai, perguntando-lhe sobre a sua atitude junto ao Imam, e ele me disse: “Meu filho, este homem é o Imam da Ráfeda”. Depois de uma pausa meditativa, meu pai voltou a falar: “Meu filho, se algum dia vier a se dissolver a dinastia de Bani Abbás, te digo que ninguém é mais indicado dentre os Bani Háchem do que Al-Ascari, pela sua castidade, preservação, devoção, fé e bom caráter”. E, se tu tivesses conhecido o pai dele, o Imam Ali Al-Hádi, tu hás de convir comigo de que também ele foi um homem íntegro, virtuoso, nobre, bom e devoto “...”

A questão sobre o reconhecimento da boa índole do Imam Al-Ascari (A.S), é assunto em que todo aquele que o mencionava, fazia-o com respeitosos e veneráveis elogios.

O Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) era tal qual como o foram seus purificados ancestrais (A.S), extremamente devoto. Quando a hora da oração se aproximava, ele largava tudo o que fazia e se dirigia à prostração diante de Deus, como sinal de humildade diante do Senhor do Universo. Um de seus amigos conta um fato interessante: “Quando estive preso juntamente com o Imam, ele jejuava durante o dia e orava durante a noite. Nada falava e nada fazia além da devoção, chegando a tocar o coração dos demais presos, os quais mudaram o seu procedimento rude, para um comportamento de amor e obediência”. Seus gastos em prol de Deus.

 O Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) era conhecido pela sua bondade e generosidade, ajudando sempre os necessitados e os pobres, e não havia uma criatura que recorresse a ele, sem que esta recebesse dele o necessário que a satisfizesse em seus interesses. Certo homem de nome Mohammad ibn Ali ibn Ibrahim, conta:

“Certa vez, estivemos passando por dificuldade financeira. Então, meu pai me disse: Vamos até o Imam, pois as pessoas o descrevem com a generosidade. Perguntei-lhe: E tu, meu pai, conheces o Imam? E meu pai me respondeu: Não... não o conheço e nunca o vi, meu filho. Mesmo assim, fomos ao encontro do Imam e, durante o caminho, meu pai comentou: Quem me dera que o Imam pudesse me arranjar 500 dirhames!

E, por minha vez, retorqui: E eu, meu pai?!.. Ah, se ele me desse 300 dirhames!. Quando o Imam Al-Ascari nos recebeu, perguntou ao meu pai: Oh Ali, por que tu não nos procuraste antes? Depois, mandou seu servente entregar um saquinho contendo 300 dirhames para mim, e um outro contendo 500 dirhames para o meu pai. Parecia que o Imam Al-Ascari adivinhava a nossa necessidade!” Seu compromisso com Deus e o conhecimento do incógnito Abu Háchem Al-Jaafari nos conta o seguinte:

“Um dia, fui procurar o Imam, a fim de pedir-lhe um anel para me abençoar com ele, mas, inicialmente sentamo-nos e começamos a conversar sobre vários assuntos, sem, porém, falar-lhe ainda sobre o assunto que me levara até ele, e, quando me levantei para me despedir, o Imam Al-Ascari me falou:

Tu quiseste uma gema, mas eis que te damos o anel... Deus te felicite, oh Abu Háchem! Surpreso, disse-lhe: Meu senhor, és o homem de Deus e és o meu Imam, e que através de ti devoto a Deus toda a obediência!...”

Seu conhecimento sobre os diversos idiomas

O Imam Al-Ascari (A.S) teve uma peculiaridade sem par, e esta dádiva era o seu conhecimento sobre diversas línguas humanas, inclusive a linguagem dos animais. E Abu Hamza nos relata o seguinte:

“Já escutei mais de uma vez o Imam falar com os seus servos, nos idiomas de suas origens, inclusive o turco e o grego. Surpreso, me perguntava: Ora, este Imam nasceu em Medina e não transitou fora de seu lar... Como é que ele sabe tantas línguas?! Enquanto eu meditava sobre o assunto, surgiu ele diante de mim dizendo: Deus Protetor e Majestoso mostrou seu amor àquele que agrada as Suas criaturas, e o privilegiou com o dom do conhecimento, pois Deus é Conhecedor de todas as línguas, as gerações e acontecimentos, e não fosse isso, não haveria distinção entre os eleitos e o resto da humanidade...” A escola científica do Imam Al-Ascari Todos os Imames recomendados (A.S) dedicaram-se com esforço e empenho nos grandiosos conhecimentos para a difusão da mensagem islâmica e suas jurisprudências diversificadas, treinando professores, eruditos e pensadores, os quais trabalhavam pelo bloqueio das ondas da adulteração e pensamentos desgarrados e que surgiam de tempos em tempos. E o Imam Al-Ascari (A.S) por sua vez, teve o seu turno científico junto à escola dos Imames provenientes de Ahlul Bait (A.S), a qual se destacou naquela ocasião pela sua autenticidade e suas regras que seguiam a jurisprudência, a prosa (Hadis), a interpretação e a filosofia, através da preparação dos relatores e discípulos, os quais difundiam o pensamento islâmico e a prosa sobre os provenientes de “Ahlul Bait” (A.S).

Existem diversas correspondências, diálogos e respostas do Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S), que fizeram vir à tona o âmago do pensamento, pois já se relataram dezenas de narrativas, confirmadas pelos doutores do conhecimento e da teologia, em todos os sentidos da ideologia islâmica, jurisprudência e oratória; e o Imam Al-Ascari (A.S) foi o autor da interpretação do Alcorão Sagrado, seu significado como Livro de Deus Magnificente e Seus grandiosos segredos.

Embora o Imam Al-Ascari sempre estivesse sob vigilância de  guardas e espiões do governo, com suas influentes palavras, revelou a verdade em um momento em que as pessoas viviam na escuridão.

O Imam esforçou-se para defender os puros ensinamentos islâmicos, se dedicou a orientação os desvios das diferentes seitas islâmicas e mostrou o caminho da salvação e redenção.

O líder da revolução islâmica do Irã, aiatolá Seyed Ali Khamenei, em uma descrição da confissão dos oponentes do Imam Hassan Al-Ascari sobre sua coragem e integridade, disse: "Os patrocinadores, opositores e infiéis, todos testemunharam e reconheceram a sabedoria do Imam Hassan Al-Ascari, sua piedade, devoção e sua pureza, sua infalibilidade, sua coragem diante dos inimigos, bem como a sua paciência e coragem frente às dificuldades, quando essa grande personalidade se tornou mártir, tinha apenas 28. Na orgulhosa história do xiismo, há alguns exemplos desse tipo: o pai do Imam Al-Mahdi (que Deus acelere sua chegada), com tanta dignidade, com grandeza, quando se tornou mártir envenenado por inimigos, também tinha 28. Isso é considerado um padrão em que o jovem é um bom exemplo. o Imam Hassan Al-Ascari ficou martirizado aos 28 anos. Tanta grandeza, que não só nós reconhecemos, com também seus inimigos, mesmo aqueles que não acreditavam nele, todos o admiravam”.

O Imam Hassan Al-Ascari (A.S) passou a maior parte de sua vida na Capital Abássida, Samarra, com seu pai, o Imam Ali Al-Hádi (A.S) e acompanhou todos os acontecimentos que assolaram o seu genitor quando ele permanecia sob rigorosa vigilância. Depois do falecimento do pai, o Imam Al-Ascari (A.S) viveu por mais sete anos, e, sob o governo Abássida, passou por seis Califas, que foram: Al-Mutauakel (847 a 861 d.C.), Al-Muntasser (861 a 862 d.C.), Al-Mustaín (862 a 866 d.C.), Al-Muutazz (866 a 869 d.C.), Al-Muhtadi (869 a 870 d.C.) e Al-Mutamed (870 a 892 d.C.).

A situação do Imam Hassan Al-Ascari (A.S) foi tal qual como foi a de seu pai o Imam Ali Al-Hádi (A.S), pelo fato de ter sido descrito como pensador e guia espiritual da nação islâmica, de acordo com o método do Islã, organizando a preparação devida ao desaparecimento de seu filho, o 12º Imam Al-Mahdi, conforme citaremos mais adiante.

Na época do Imam Hassan Al-Ascari ocorreram fatos e problemas em relação à dinastia Abássida, que a enfraqueceram, provocando o domínio dos Mauáli e dos turcos, os quais, se revoltaram contra o califado, e com isso, esperou-se que a situação do Imam Al-Ascari (A.S) e seus companheiros viesse a melhorar, mas foi pelo contrário, aumentou mais a opressão sobre eles, principalmente durante o califado de Al-Mutamid ibn Al-Mutauakel (870 a 892 d.C.), o qual cobrava qualquer atividade do Imam (A.S), por mais simples que seja. E o Imam (A.S) se via obrigado em permanecer na cidade de Samarra, marcando presença obrigatória no paço real, todas as Segundas e Quintas-feiras, mesmo contra a sua vontade e princípios, fazendo-o sentir-se temeroso pela mínima atitude ou palavra, porém, ele aconselhava e alertava seus companheiros para diminuírem suas visitas a ele, a fim de resguardá-los contra eventual perseguição ou prisão, pois o Califa o prendera por várias vezes, utilizando se de infundados motivos.

Imam Hassan Al-Ascari passou sua curta vida em meio a restrições e em um período marcado pela repressão social e política do califado abássida. Apesar de sua curta vida, teve uma presença influente na sociedade da época. O martírio de Imam Al-Ascari em tenra idade mostra que califas cruéis abássidas estavam preocupados com a presença de tal figura influente entre as pessoas. O Imam sempre convidou as pessoas a tomar consciência das questões e criticar as políticas dos governadores déspotas. Enquanto a sociedade sofria de pobreza, injustiça e discriminação, uma personalidade como Imam Hassan Al-Ascari não podia ficar em silêncio. O Imam sentiu-se responsável pelo que estava acontecendo ao seu redor e foi dedicado a seus seguidores se tornando politicamente conscientes e despertados intelectualmente.

O empenho maior do Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) era a preparação da nação sobre a ausência de seu filho o Imam Mohammad “Al-Muntazar” (A.S), a partir do momento propício e determinado durante o ministério dele, e que sem dúvida caracterizar-se-á o compromisso divino. Para tanto, o Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) anunciara o nascimento de seu filho, somente aos que lhe eram muito chegados e aos seus seguidores mais íntimos, esclarecendo-lhes os motivos de sua longa ausência e sua ruptura para com a humanidade, e os preparava psicológica e espiritualmente para tal.

Por outro lado, trazia consigo o seu filho Mohammad “Al-Muntazar” (A.S) às reuniões particulares, para que os seus seguidores o conhecessem.

E o Imam Mohammad “Al-Mahdi Al-Muntazar” (A.S) só compareceu em assembleia pública depois que seu pai, o Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) faleceu e foi rezada a oração de corpo presente. Neste evento tão triste, estava presente o irmão do Imam falecido, que se chamava Jafar, o qual se propôs recitar a oração diante da imensa multidão, porém, repentinamente, eis que surge um menino tal qual o aparecimento do luar pleno, e diz a seu tio:

“É com a tua permissão, meu tio. pois na qualidade de filho, sou prioritário para a recitação da oração”.

A atividade política mais interessante do Imam Al-Ascari foi consolidar o conhecimento das importantes personalidades xiitas para que defendam com argumentos válidos os objetivos da escola xiita em face de dificuldades. Por isso, as grandes personalidades xiitas estavam sob uma grande pressão, mas o Imam tolerou diante das pressões para que pudesse desempenhar seus importantes deveres sociais, políticos e religiosos.

Em uma carta dirigida a Ali ibn Hussein ibn Babune Qomi, um dos grandes juristas xiitas, Imam Al-Ascari, depois de lhe dar conselhos e orientações, o recorda: "Seja paciente e aguarde a chegada (do Imam Al-Mahdi) que o Profeta disse "A melhor ação da minha nação é esperar a sua chegada". Nossos xiitas sofrerão de tristeza até que apareça o meu filho, o duodécimo Imam, quem estabelecerá justiça na terra, enquanto está cheio de crueldade. Tenha paciência e ordena os xiitas que esperam. A terra é de Deus e Ele colocará qualquer servo que quer como seu governante".

Ao saberem que o 12º Imam Mohammad Al-Mahdi (A.S) preencheria o mundo com a justiça e a paz, aniquilando a opressão e os injustos, os governantes Abássidas apertaram mais o cerco e o controle sobre o Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S), o qual foi exposto por várias vezes às torturas na prisão, sendo a última vez, durante o califado de Al-Mutamid, que, ao ver o quanto o Imam (A.S) era procurado pelo povo, apesar das perseguições, decidiu se livrar dele, mandando que o envenenassem secretamente.

Consumado o crime contra o Imam (A.S), vindo ele a falecer no ano de 260 Hégira (875 d.C.), aos 28 anos de idade. Quando se espalhou a notícia de sua morte, Samarra em peso estremeceu num único tumulto, parando toda e qualquer atividade no comércio e nos mercados, tremulando no ar a bandeira do luto e da tristeza pela morte de seu jovem Imam, enquanto o povo seguia o féretro, profundamente entristecido, e, em cínica simulação e hipocrisia, os oficiais, autoridades e altas personalidades acompanharam a passagem, por temerem uma agitação da população ou até uma reviravolta no governo.

Por outro lado, estes mesmos embusteiros, alastraram a notícia de que “era falsa a prisão do Imam Al-Hassan Al-Ascari, e que ele morrera de morte natural e súbita...”, enviando mensageiros especializados e bem pagos, a fim de confirmarem o boato, mentindo e até jurando em falso testemunho pela “sua veracidade”.

O Imam AL-Hassan Al-Ascari (A.S) foi enterrado ao lado de seu pai o Imam Ali Al-Hádi (A.S), na residência deste, em Samarra, e até os nossos dias, ambos os túmulos são visitados pelos peregrinos vindos de todas as partes do mundo para sentirem a aproximação de Deus.

Depois da morte do Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S), o califa Abássida Al-Mutamid dividiu a herança do falecido entre o irmão dele e sua mãe, a fim de esclarecer ao povo de que o Imam Al-Hassan Al-Ascari (A.S) não tivera filhos vivos, para que os muçulmanos desistissem da ideia de um 12º Imam, na esperança que ele viesse a implantar “um Governo de paz e de justiça”. Aparentemente assim ocorreu, porém, Al-Mutamid designou espiões à procura do Imam Mohammad “Al-Muntazar” (A.S), filho do Imam Al-Ascari (A.S), a fim de poder eliminá-lo, chegando a perseguir os parentes e amigos mais íntimos do Imam, com o fito de fazê-los confessar sobre o paradeiro do filho dele, porém, Deus, em Sua Onipotência, não permitiu o sucesso da jornada criminosa dos desprezíveis opressores, protegendo-o contra os facínoras e suas mãos manchadas com tanto sangue inocente!

Novamente, expressamos nossas condolências pelo martírio de Imam Hassan Al-Ascari (SA).

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