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quinta-feira

29 julho 2021

18:43:45
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Caso Covaxin: contrato é cancelado mesmo sem CGU detectar irregularidades em auditoria

O ministro da CGU não viu irregularidades em preço e prazo no contrato da Covaxin, mas Queiroga decide cancelar contrato da vacina indiana mesmo assim.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira (29) que acordo para compra da vacina Covaxin "perdeu o objeto" e vai ser cancelado, mesmo com aval do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.

Rosário disse que a auditoria aberta para apurar eventuais irregularidades no contrato de compra da vacina indiana não detectou irregularidades no preço, nem nos prazos processuais do acordo.

Enquanto isso, a investigação ainda apura adulteração de procuração da Precisa Medicamentos e a CPI da Covid e a Polícia Federal (PF) investigam prevaricação de Bolsonaro.

Caso Covaxin
O caso veio à tona e se tornou alvo da CPI da Covid no Senado e do Ministério Público Federal (MPF) depois que o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciaram "pressão atípica" dentro da pasta pela acelerar resolução do contrato da compra da vacina.

O presidente Jair Bolsonaro é investigado pela PF sobre ter ou não cometido crime de prevaricação no caso. Prevaricação é quando um agente público atrasa ou deixar de tomar atitude de acordo com as obrigações do cargo por "interesse ou sentimento pessoal".
O ministro da CGU informou que a auditoria considerou que o preço estabelecido no contrato da Covaxin que "encontrava-se aderente aos preços da empresa a nível mundial" e também apontou os prazos dos processos como "dentro do normal".

A contratação de 20 milhões de doses do imunizante teve empenho no valor de R$ 1,6 bilhão do governo em fevereiro e vai ser devolvido. Segundo Rosário, isso vai acontecer porque o contrato da Covaxin não prevê multa em caso de rescisão. O crédito extraordinário, conforme o ministro, deve necessariamente ser utilizado para aquisição de outro imunizante.

No entanto, o ministro da CGU confirmou que uma investigação preliminar continua em andamento para apurar uma suposta adulteração de procuração que autoriza a Precisa Medicamentos a falar em nome da Bharat Biotech, empresa indiana fabricante da Covaxin.

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