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terça-feira

14 setembro 2021

19:33:51
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De luto por um Imam e um Guia Generoso - Por ocasião do Aniversario do Martírio do Imam Hassan (AS)

O Imam Hassan (A.S.) é um dos filhos da família pura, um de seus astros luminosos. É o neto do Mensageiro de Deus (que a paz esteja com ele) e o senhor dos jovens do Paraíso.

É Imam sem dúvida, de acordo com o que foi declarado pelo seu avô, o Mensageiro de Deus. Ele era, o exemplo maior quanto à excelência de conduta e à sublimidade pessoal.

Hoje é o aniversário do martírio do Imam Hassan Mojtaba (que a paz e benção divina estejam com ele). Manifestamos as nossos pêsames por esta grande dor do martírio do segundo astro radiante do Imamato e guardião da religião, chamando a atenção para o programa especial que lhes oferecemos.

Imam Hassan (AS) é o filho de Ali (SA) e Fatima (SA) e o primeiro neto do Mensageiro de Allah (PBUH). Ele estava muito parecido pela sua aparência ao Profeta. O Profeta gostava muito e uma atenção privilegiada e especial para ele.

O Imam Al-Hassan (A.S) desenvolveu-se no amplexo de seu avô materno, o qual sempre o envolvia com seu carinho e compreensão, durante longos oito anos, e, após a morte do Profeta Mohammad (P.E.C.E), o Imam Hassan (A.S) passou a conviver no lar de seus pais, o Imam Ali (A.S) e Fátima Azzahra (A.S), onde aperfeiçoaram-se seus ensinamentos da fonte do Islã, ou melhor, da escola do “Al-Wahi”, ou seja, da “Inspiração” que lançou sobre a humanidade os raios da sabedoria e da misericórdia.

Seu Benemérito

Constam no Alcorão Sagrado muitos versículos alusivos aos benefícios e qualidades daqueles que procederam da linhagem do Profeta Mohammad (P.E.C.E), dentre os quais, pode-se consultar:

1-Versículo da Purificação (Attauhid): “...porque Deus só deseja afastar de vós a abominação e purificar-vos integralmente, oh Linhagem da Casa Profética” (Surata Al-Ahzáb, Cap. 33, V. 33)

2-Versículo da Polêmica (Al-Mubáhala): “... e dize-lhes: vinde e convoquemos os nossos filhos e os vossos filhos e nossas mulheres e vossas mulheres e nós mesmos e vós mesmos para depreciar a fim de que a maldição de Deus caia sobre os embusteiros”

3-Versículo da Afeição (Al-Mauadda): “... e dize-lhes: não vos questionarei recompensa alguma senão a afeição dos que me são parentes próximos e quem realizar a boa ação, multiplicar-se lhe as benevolências. Deus é Indulgente e Retribuidor” (Surata Achoura, Cap. 42, V. 23)

A Tradição (Hadis) dá muitas alusões aos beneméritos do Imam Hassan (A.S) que o Mensageiro (P.E.C.E) lhe conferia, e que citamos algumas delas: “Aquele que se apraz em contemplar o Senhor dos Jovens do Paraíso deverá então fazê-lo, olhando para Hassan ibn Ali”. “Hassan e Hussein são dois Imames que se levantarão ou permanecerão”. Nesta frase, o Mensageiro Mohammad quis aludir a ambos, no que concerne à questão da sucessão, que é a de exercerem ou de abjurarem dela. “Tu, oh Al-Hassan, te assemelhas a mim e ao meu temperamento”.

O período da vida iluminada de Imam Hassan (SA) corresponde a situação mais turbulentas da história islâmica. Embora ele tenha vivido apenas 48 anos, naquele curto período de tempo,  sempre lutou contra extremistas implacáveis. Imam Hassan, depois do martírio de seu pai, Ali Ibn-Taleb (que a paz esteja com ele), assumiu a liderança da comunidade islâmica com o apoio de grande parte dos muçulmanos da sua época, mas durante sua liderança enfrentou as medidas coercivas de Mu’awiy, que naquela época era califa de Sham (atual Síria), pelo que seu governo não durou muito. O desacordo resultou em guerra enquanto o Imam Hassan se preparava para enfrentar uma ação desse tipo, mas as condições e a situação da comunidade islâmica fizeram com que ele refletisse sobre a ação militar, ao mesmo tempo em que Mu’awiy ofereceu um pacto de paz. O Imam Hassan, antes de aceitar esta proposta, avaliou-a com sabedoria, previsão e prudência.

Dentre a excelência da conduta de Imam Hassan está a dedicação total a Deus, o Altíssimo. As pessoas nunca viram ninguém igual a ele em sua adoração e obediência a Deus, o Altíssimo. Os narradores dizem: “Nunca foi visto, em nenhum tempo, sem que a sua língua estivesse se lembrando de Deus, louvando-O e O glorificando. Quando mencionava o Paraíso e o Inferno se agitava como se tivesse sido picado por um escorpião. Ele pedia a Deus que lhe concedesse o Paraíso e pedia refúgio contra o Inferno. Quando mencionava a morte e o que virá depois dela de ressurreição e o retorno, chorava como o fazem os tementes e os contritos. Quando mencionava a apresentação perante Deus, gemia de tal forma que perdia os sentidos.

O neto do Mensageiro de Deus (S.A) era uma das pessoas mais benevolentes. Ele retribuía o mal com o perdão e a benevolência.

Entre a sublimidade de sua conduta está o desprendimento, o empenhar-se na divulgação do bem. Essa nobre manifestação transpareceu nele com o seu aspecto mais sublime ao ponto de ser cognominado de “o generoso dos Ahlul Bait” mesmo sendo eles conhecidos pela sua generosidade e benevolência.

O Imam Hassan (A.S) possuía um espírito elevado que o fazia ficar próximo a Deus Supremo, rogando-Lhe o perdão por chegar tão perto de Sua Casa, tanto é, quando ele se aproximava da porta da Mesquita, levantava o rosto para o céu e exclamava: “Oh Senhor, o Teu visitante está diante da Tua porta!... Oh Misericordioso, eis que chega o imperfeito que sou, e excedas sobre mim o que Tens do melhor pelo que possuo de abominável!”.

Aliás, era também desta forma o prestígio dos Imames purificados (A.S), os quais se embeveciam diante da Grandeza de Deus, por causa da própria impotência e imperícia. Quando o Imam Hassan se empenhava na leitura do Alcorão e passava por ele um versículo onde se lia “Yá ayyuha’l muminún...”, isto é, “Oh aqueles que crêem...”, parava a recitação e proferia uma frase tipicamente pronunciada durante a peregrinação à Kába, que diz: “Labbaica Alláhumma Labbaica”, que significa: “Em atendimento ao Teu chamado Senhor!”

A história nos relata que o Imam Hassan (A.S) peregrinou à Meca, na Kába, por vinte e cinco vezes e distribuiu aos necessitados em nome de Deus, a metade de sua riqueza.

Diante das evidências de uma política astuciosa, e da hipocrisia do governante Mu’awiy, que se utilizava de vis artifícios e politicagens, através do suborno e da calúnia, para que os próprios oficiais traíssem a confiança do Imam Hassan (A.S), este se viu obrigado a abdicar, com a condição que seja firmado um acordo com o déspota governante. Entretanto, Mu’awiy, após conseguir a abdicação do Imam Hassan (A.S), recusou seguir os itens do acordo, vociferando diante dos presentes: “Os acordos propostos por Hassan, estão todos sob os meus sapatos! Não hei de concordar com eles por nada!”

A Morte do Imam Hassan.

Desde o início, Mu’awiy sempre planejou eliminar o Imam Hassan (A.S), o qual sofreu vários atentados, até que a última tentativa teve sucesso, através de um poderoso veneno, ministrado por uma das esposas do Imam (A.S), chamada Jaada bent Al-Achaat, atraída pela riqueza e um casamento vantajoso com Yazid ibn Mu’awiy, se ela for bem sucedida no seu ato criminoso. E traiçoeiramente, Jaada ofereceu ao Imam Hassan (A.S) uma iguaria envenenada, ficando ele se debatendo de dores lancinantes durante quarenta dias, até que seu fígado despedaçou-se, morrendo após terrível sofrimento. Antes, porém, o Imam Hassan (A.S) recomendou para que fosse enterrado ao lado de seu avô Mohammad, o Mensageiro de Deus. Entretanto, Áicha bent Abu Bakr, viúva do Profeta recusou o pedido e o Imam Hassan ibn Ali (A.S) foi sepultado no Cemitério de Al-Baquí, em Medina, a Iluminada.

O aiatolá Khamenei , sobre a difícil condição da vida do Imam Hassan  salienta: "Às vezes, o martírio é mais fácil do que a sobrevivência! Na verdade, este é o caso. Os sábios e os que têm uma visão detalhista entendem bem esta situação. Às vezes, viver e sobreviver e tentar em um ambiente complexo é muito mais difícil do que se morrer e ser mártir ao caminho de Deus; o Imam Hassan escolheu esse problema e continuou neste ambiente malicioso".

O governo dos Omíadas após a imposição da paz ao Imam Hassan (SA), apesar de atingir a  muitos dos seus objetivos, mas ainda a existência de Imam Hassan (SA) impedia a implementação de algumas de suas intenções malévolas. Um dos objetivos que Mu'awiy perseguiu foi a escolha do seu sucessor. Ele sabia disso, se, durante a vida o Imam, seguramente recebia a rejeição do Imam Hassan.

 

A Morte do Imam Al-Hassan

Desde o início, Moáwiya sempre planejou eliminar o Imam Hassan (A.S), o qual sofreu vários atentados, até que a última tentativa teve sucesso, através de um poderoso veneno, ministrado por uma das esposas do Imam (A.S), chamada Jaada bent Al-Achaat, atraída pela riqueza e um casamento vantajoso com Yazid ibn Moáwiya, se ela for bem sucedida no seu ato criminoso. E traiçoeiramente, Jaada ofereceu ao Imam Al-Hassan (A.S) uma iguaria envenenada, ficando ele se debatendo de dores lancinantes durante quarenta dias, até que seu fígado despedaçou-se, morrendo após terrível sofrimento. Antes, porém, o Imam Hassan (A.S) recomendou para que fosse enterrado ao lado de seu avô Mohammad, o Mensageiro de Deus (S.A.A.S). Entretanto, Áicha bent Abu Bakr, viúva do Profeta recusou o pedido e o Imam Hassan ibn Ali (A.S) foi sepultado no Cemitério de Al-Baquí, em Medina, a Iluminada.

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