Inicialmente, o plano era que Bruxelas enviasse antes do fim do ano ao Mercosul os elementos de uma carta adicional ao acordo negociado.
Entretanto, segundo a porta-voz de Comércio da UE, Mirian Ferrer, "não temos um calendário preciso ainda, é um exercício complexo", uma vez que o documento adicional de demanda europeia não será apresentado rapidamente, porque ainda há muita discussão interna pela frente.
"Teremos que conciliar os calendários técnico e político antes de podermos definir um cronograma claro para ratificação e entrada em vigor do acordo", disse Ferrer à mídia nesta quarta-feira (16).
Ou seja, a UE não está pronta para essa discussão com o Mercosul. Precisa acertar os ponteiros antes dentro da própria Comissão Europeia e com os 27 Estados-membros, onde há um racha sobre as demandas a fazer na sensível área ambiental.
Além disso, a diplomacia brasileira mesmo já indicou aos europeus que, em plena transição de governo, não há sentido iniciar esse tipo de negociação no momento, quando as decisões vão passar para a próxima equipe governamental.
Contudo, é notável que a troca de governo no país impulsionou o bloco europeu a querer retomar definitivamente as tratativas para colocar o acordo em ação. O vice-presidente da Comissão Europeia para a economia, Valdis Dombrovskis, indicou que o bloco espera avançar nas negociações após a vitória do petista e que a União Europeia "ainda está comprometida com este acordo", conforme noticiado.
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