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domingo

26 fevereiro 2023

20:29:54
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A coisa de que o Imam Zain Al ‘Ábdin (A.S.) mais gostava era reconfortar os pobres mudando suas vidas do aperto e privacidade para o conforto e a abundância. Costumava dizer: “Toda vez que uma pessoa der em caridade a uma pessoa desprovida, e esta fizer uma prece por ela naquela hora, ela será atendida.”

O Imam Sajjad (A.S.) era a pessoa que tinha a mão mais aberta, e a que tinha mais piedade pelos pobres e débeis. Os narradores transmitiram muitas histórias a respeito de sua generosidade, das quais citamos:

Alimentação Pública
Ele costumava alimentar várias pessoas diariamente, na parte da manhã, em sua própria casa.

Seu Sustento as Cem Casas
É característica da sua generosidade o sustento que ele fornecia secretamente a cem casas em Medina. Cada casa continha um grande grupo de pessoas. A generosidade foi sua herança. Ele achava que aquilo o aproximava de Deus, o Altíssimo, gradualmente. Por isso, distribuiu tudo que tinha.

A Doação de Suas Roupas
O Imam, Zain Al ‘Ábdin (A.S.) costumava vestir as mais luxuosas roupas durante o inverno. Quando chegava o verão, ele doava a roupa ou a vendia e doava o seu preço em caridade. Durante o verão ele usava duas roupas egípcias. Quando chegava o inverno, ele as doava. Costumava dizer: “Tenho vergonha perante o meu Senhor de gastar o preço de uma roupa com a qual adorei a Allah com ela.”

Dar em Caridade o Que Ele Gostava
O Imam Zain Al ‘Ábdin (A.S.) costumava dar em caridade aquilo que mais gostava. Os narradores relatam: ele costumava dar em caridade amêndoa e açúcar. Ao ser perguntado a respeito, ele recitou as palavras de Deus, o Altíssimo: “Jamais alcançareis a virtude, até que façais caridade com aquilo que mais apreciardes. E sabei que, de toda caridade que fazeis, Deus bem o sabe.”

Os historiadores relataram que ele gostava de uva. Uma vez, estando em jejum, a sua escrava lhe ofereceu um cacho de uvas na hora da quebra do jejum. Um pedinte apareceu naquela hora. Ele mandou dar o cacho ao pedinte. A escrava foi ter com quem comprou o cacho do pedinte e o trouxe de volta e deu ao Imam. Um pedinte bateu à porta novamente, e o Imam mandou entregar o cacho a ele. A escrava foi novamente ter com quem comprou o cacho e o trouxe para dá-lo pela terceira vez ao Imam. Um terceiro pedinte bateu à porta, e o Imam lhe deu o cacho. O mesmo fizeram seus fabulosos pais que ofereceram suas forças durante três dias seguidos, estando em jejum, ao necessitado, ao órfão e ao prisioneiro. Por isso, Deus revelou a surata “Não transcorreu?” que permaneceu como condecoração de honra no transcorrer do tempo até que Deus, o Altíssimo, herde à terra e o que ela possui.

A Divisão de seus Bens
O Imam Sajjad (A.S.) dividiu os seus bens duas vezes. Ficou com a metade e doou aos pobres e necessitados a outra metade.

As Suas Caridades em Segredo
A coisa que o Imam (A.S.) mais apreciava era a caridade em segredo, com receio que alguém o conhecesse. E ele incentivava a prática da caridade em segredo, dizendo: “Ela apaga a ira de Deus.” Ele costumava sair no fim da noite escura para entregar aos pobres as suas doações e presentes, sem que eles pudessem conhecê-lo. Os pobres se acostumaram com o seu relacionamento. Eles o esperavam nas portas de suas casas. Quando o viam ficavam satisfeitos, e diziam: “Chegou o homem do saco220.” Curiosamente ele tinha um parente ao qual ele ia à noite e lhe dava moedas de ouro. O parente lhe dizia: “Áli Ibn Hussein não se relaciona comigo”, e pedia para Deus castigá-lo. O Imam (A.S.) ouvia aquilo e não ligava. Quando o Imam (A.S.) faleceu o parente sentiu a falta das visitas do homem estranho e ficou sabendo que quem costumava lhe ajudar era o próprio Imam. Ele ia ao seu túmulo, chorando e pedindo perdão. Ibn Aicha declarou: “Ouvi os habitantes de Medina dizerem: ‘Só sentimos a falta da caridade em segredo após a morte do Áli Ibn Hussein.’”

O Imam Sajjad (A.S.) era muito dissimulado nas suas orações e doações. Quando entregava algo a alguém, cobria o rosto para não ser conhecido. Zahabi disse: “Ele dava muita caridade em segredo224. Ele costumava colocar o alimento que ele distribuía entre os pobres num saco e o carregava nas costas. Aquilo deixou uma marca nas costas dele.”

Ya’coubi relatou que, quando ele foi banhado, após a sua morte, descobriram uma cicatriz nos ombros dele como a cicatriz do camelo. Foi perguntado aos seus familiares: “Que cicatriz é essa?” Responderam: “De tanto carregar o alimento durante a noite e o levar às casas dos pobres.”


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