A poderosa bomba explodiu na sexta-feira perto de uma mesquita no distrito de Mastung, no Baluchistão, ferindo dezenas de outras pessoas, incluindo muitas em estado crítico, disseram autoridades locais. A agência de notícias Reuters, citando Abdul Rasheed, autoridade distrital de saúde, disse que pelo menos 52 pessoas morreram na explosão e outras 58 ficaram feridas. Rasheed disse que o número de vítimas pode aumentar ainda mais, já que muitas pessoas estão em estado grave. “Parece um ataque suicida”, disse o oficial da polícia local Javed Lehri, acrescentando que o homem-bomba se explodiu perto do veículo do vice-superintendente de polícia Nawaz Gishkori. O administrador governamental do Baluchistão, Atta Ullah, disse que um oficial da polícia, Mohammad Nawaz, estava entre os mortos. Os feridos foram levados para hospitais próximos, disse ele. O Ministério do Interior do país confirmou uma explosão levada a cabo por “elementos terroristas” no Baluchistão. “O ataque a pessoas inocentes que vieram participar na procissão de Eid Milad-un-Nabi é um ato muito hediondo”, afirmou num comunicado, referindo-se ao aniversário do profeta. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque ainda. Dezenas de feridos e mortos quando explosão atinge mesquita em PeshawarO Taleban paquistanês, conhecido como Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), rapidamente se distanciou do ataque. O TTP é um grupo separado, mas um aliado próximo dos talibãs afegãos, que tomaram o poder no vizinho Afeganistão em Agosto de 2021. No ano passado, o grupo quebrou um cessar-fogo com o governo, o que levou ao ressurgimento dos seus ataques mortais em todo o país. Kamal Hyder, da Al Jazeera, disse que o TTP, que vinha realizando ataques na área, negou estar envolvido. “E isso, claro, soaria o alarme porque a área viu a presença de elementos do Estado Islâmico [ISIL ou ISIS]”, disse ele. O atentado de sexta-feira ocorreu dias depois de as autoridades terem pedido à polícia que permanecesse em alerta máximo, uma vez que grupos armados poderiam ter como alvo as manifestações que marcavam a ocasião. Os muçulmanos no Paquistão e em todo o mundo celebram o aniversário do profeta do Islão realizando reuniões públicas. Embora a celebração seja aceite pela maioria das seitas islâmicas, certas denominações consideram-na uma inovação injustificada. No passado, o Paquistão foi palco de ataques de grupos armados. Explosão na mesquita de Peshawar: número de mortos sobe para 100 enquanto ‘lapsos de segurança’ são responsabilizados pelo ataqueNo início deste mês, pelo menos 11 pessoas, incluindo um proeminente líder religioso, ficaram feridas numa explosão no mesmo distrito do Baluchistão, informou o jornal Dawn. Em Julho, mais de 40 pessoas foram mortas num atentado suicida na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste, numa reunião de um partido político religioso. A província rica em gás do Baluchistão, na fronteira do Afeganistão e do Irão, tem sido palco de uma rebelião de baixa intensidade por parte de separatistas balúchis há mais de duas décadas. Os separatistas inicialmente queriam uma parte dos recursos provinciais, mas mais tarde lançaram um movimento apelando à independência.
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