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segunda-feira

10 outubro 2016

11:27:30
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Na escola de Imã Hussein (S.A) (especial para os primeiros dez dias de Moharam) IV

O Imã Hussein (que a paz esteja com ele) abandonou a Medina durante a noite e foi ao santuário seguro e divino de Medina. Mas, nessa terra segura, não havia segurança para o filho do Mensageiro de Deus.

Ele corria em perigo e com a possiblidade de ser assassinado em qualquer momento. O Imã deixou a Meca rumo a Kufa. Ele ao longo da viagem estava com a sua família, sabendo que se tivesse deixado a Medina sem sua família(Ahl al-Bit), Yazid iria incomodá-las e utilizá-las para pressionar e chantageá-lo.  

O comportamento dos imames  é como um mar de  conselhos muito valiosos. Uma das mais belas manifestações de padrões sublimes de até como tratar a família. A maneira como tratava sua esposa e filhos pode resolver muitos problemas das pessoas e da comunidade.  O Imã Hussein, com tal prestígio místico e elevados graus que tinha juntado do seu Senhor não se negava ou recusava expressar o seu afeto e amor pela sua esposa e filhos. Um famoso poema sobre a sua esposa Robabe e sua filha Sakina diz: "... a Sakine e a Robabe me encanta em casa, Eu amo as duas e doo toda a minha fortuna neste caminho. Em toda a minha vida nunca me censuraram em nada". O Robabe depois do martírio de Imã Hussein escreveu: "Ele era uma luz brilhante, foi assassinado e enterrado em Karbala. Você para mim foi como uma montanha forte onde buscava o refúgio. Falava com a gente em linguagem da bênção e da religião. Depois de você, quem vai resolver o problema dos órfãos e os necessitados e os pobres, daqui por adiante, onde eles se refugiam”. Este cúmulo de amor e cortesia, bondade e amizade têm feito de Sakineh uma grande mulher da literatura, da poesia e da amizade.    

O Imã Hussein dava atenção especial aos interesses da sua esposa e, por vezes, portanto, se enfrentava críticas de seus companheiros e amigos, mas esse respeito pela sua esposa era uma lição para seus seguidores. “Nas narrativas históricas se lê: “Um grupo entrou na casa do Imã Hussein e viu belos móveis em sua casa, pois lhe perguntou:” Ó filho do Profeta do Islã sempre observaram móveis agradáveis na sua casa”.  O Hussein disse: "Nossas mulheres com seu dote, de acordo com o seu gosto, compram o que querem. Nada desses móveis pertence a mim". Com estas palavras, o Imã Hussein mostrou aos seus seguidores que devem respeitar a propriedade, a lei e os interesses legítimos da mulher, como também o fortalecimento da família.    

Imã Hussein, no dia da Ashura, durante a batalha também não se esqueceu dos seus familiares que estavam no acampamento e logo regressou para convidá-los a se manter calmas e pacientes e consolidava as mulheres e filhas.

Durante sua despedida no dia da Ashura, sua filha Sakina estava chorando e inquieta. O Imã Hussein abraçou, beijou nela e limpou as lágrimas, recitando poemas cuja tradução é: "Oh, meu Sakina sei que depois do meu martírio, vai chorar ainda mais, tanto quanto queima o meu coração com as suas lágrimas. Depois da minha morte, será tão perto e chora por mim".     

O Imã Hussein tinha apenas duas opções: Jurar a lealdade a Yazid, um corrupto chamado califa dos muçulmanos ou morrer. Pois, ele pela noite deixou a Medina e foi para o santuário seguro e divina de Medina. Mas, nesse terreno seguro, não havia segurança para o filho do Mensageiro de Deus. Era possível que fosse assassinado em qualquer momento. O Imã deixou a Meca e partiu para Kufa.

O povo de Sham, o seja o Levante (agora Síria) se familiarizam com o Islã através das pessoas como Moawieh. Quase 42 anos, Moawieh governou em Sham e, neste longo período, o povo desta cidade sem visão e conhecimento profundo da religião e contra a sua vontade, não podiam questionar em nada. O povo de Sham estava longe do verdadeiro Islã.  .

O luxuoso corte de Moawieh, o desvio de bens públicos, construção de grandes mansões, o encarceramento das pessoas inocentes e assassinato de opositores era tão normal e frequente que criou uma impressão que, na era do Profeta também o governo islâmico tinha feito deste jeito. Por isso, os Omíadas poderiam facilmente desviar o fluxo do levante do Imã Hussein a seu favor, como anteriormente tinham feito o mesmo, no caso do assassinato e o envenenamento do seu Irmão, o Imã Hassan (S.A), mentindo e destorcendo o ato do seu assassinato dizendo que ele morreu de pneumonia e tuberculose".

Em tais circunstâncias, um homem visitou as caravanas de prisioneiros de Damasco (os familiares do Imã Hussein depois da batalha de Karbala), a então capital do Sham, e disse ao filho de Imã Hussein, o Imã Sayad (que a paz esteja com ele): "Graças a Deus que os mataram e destruíram de modo que temos salvado das suas maldades", o Imã Sajad, em resposta, recitou o versículo 33 de surata os Partidos:  

“E permanecei tranquilas em vossos lares, e não façais exibições, como as da época da idolatria; observai a oração, pagai o zakat, obedecei a Allah e ao seu Mensageiro, porque Allah só deseja afastar de vós à abominação, ó membros da Casa, (1665) bem como purificar-vos integralmente”.

Em seguida, ele acrescentou, "este versículo foi revelado para nós." Então, o homem percebeu que o que havia ouvido sobre os prisioneiros não foi correto. Eles não eram estranhos, eram os filhos do Profeta e, a partir desse momento só se sentiu remorso e arrependimento.    

Assim, o movimento de casas por casa da família de Imã Hussein e os sermões esclarecedores do Imã Sajad e a sua tia, Zainab (que a paz esteja com eles) e outros companheiros da casa profética se neutralizaram as distorções que haviam promovido por Omíadas durante vários anos, inclusive em Sham que era o centro do seu governo.  

Ele era jovem e cheio de conhecimento! Tinha a paixão da juventude e em seu peito não cabia tanta lealdade. Ainda não havia chegado à adolescência, quando o Imã Hussein na noite de Ashura informou sobre o martírio e a morte dos seus companheiros, o Qasim, filho do seu irmão se aproximou e disse: "Meu tio, será que amanhã eu também ficarei martirizados”. O Imã abraçou-o e respondeu: "Meu filho, sua morte está próxima." Qasim disse: "Ela é mais doce do que o mel". O Imã ficou feliz ao ouvir estas palavras e disse: "Você vai morrer após grandes dificuldades e o Ali Asghar (o filho recém-nascido) também será martirizado". Qasim, no dia da Ashura, se preparou para luta. Ele pegou uma espada e colocou-a na cintura para ir ao campo de batalha, no entanto, como era jovem e um corpo ainda baixinho, o peso da espada o derrubou. Imã Hussein ajustou sua espada para que não caísse no chão, abraçou e chorou por um tempo. Qasim, então, pediu permissão para se sacrificar. No início, o Imã não permitiu que ele fosse à luta, mas ele foi tão insistente que Imã Hussein não tinha escolha a não ser aceitar o seu pedido. Qasim foi e parou no meio do campo de batalha e disse: "Ó, inimigos de Deus se não me conhecem, eu me apresentei, sou o filho de Hassan Ibn Ali Ibn Abutalib, (que a paz esteja com ele), o neto do Profeta do Islã e o homem que agora estão cercados, é o meu tio! Hussein”.  

Após esta apresentação, demostrou aos homens o valor de seu pai. Hamid ibn Muslim, narrador da divisão de Omar Saad (campo de inimigo) diz: "De repente, vi um adolescente cavalgando no meio do campo e colocava um turbante em vez capacete guerreiro e não usava botas. Era um jovem valente e bonito, parecendo um pedaço da lua e aproximou a nós".  Lemos nas narrativas históricas que o Qasim matou vários soldados inimigo com golpes de espada. Quando viu o Omar Saad, gritou: Oh Omar!  Não tem medo de Deus! E da sua justiça? Não respeite o profeta? Se chamar um muçulmano, enquanto os filhos do profeta estão com sede! ““. Omar Saad, ordenou para cercar o Qasem. Foi apertado  o cerco. Recebeu um golpe na cabeça. Uma seta bate em suas costas e uma lança no seu ombro. Se escutava  a sua voz: "Ajuda-me o tio."      

Hussein foi ter o Qasim. Abraçou o filho do seu irmão. Limpe o seu rosto cheio de sangue.  Beijou sua testa e levou-o para o acampamento. O Imã Hussein, o colocou ao lado do corpo do seu filho o Ali Akbar e disse: "Oh! Primos e a minha família, tenham paciências, juro por Deus que depois de hoje nunca vão experimentar nada mais horríveis do que estas cenas".

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