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domingo

13 agosto 2017

20:38:39
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A Mulher Entre a Situação Histórica e a Exclusão Social (4)

A libertação da mulher da injustiça social

cada um através de suas capacidades naturais, como mostraremos adiante.
Há uma cadeia de projetos e planos sucessivos, que se conectam uns com os outros numa ordem fantástica, apoiando-se e completando-se mutuamente. E nós podemos resumi-los nas seguintes questões:

A libertação da mulher da injustiça social

Antes que a religião islâmica legislasse os direitos e as obrigações da mulher na sociedade que ergueu, ela definiu claramente sua posição perante a opressão e exploração sociais que a ignorância despeja sobre a mulher, por isso encontramos os primeiros apelos pela libertação da mulher nas Suratas (Capítulos Alcorânicos) reveladas na cidade de Mekka, alguns anos antes da imigração do Profeta Mohammad (S.A.A.S.) à Medina e o estabelecimento do estado islâmico.

A respeito do costume do sepultamento das meninas vivas que foi adotado por algumas tribos e famílias na península arábica no período pré-islâmico15 o Alcorão Sagrado declarou a sua posição firme contra tal prática desumana na sua maneira especial de abordar os fenômenos e acontecimentos.
“Quando a filha, sepultada viva, for interrogada: Por qual delito foste assassinada?” (Alcorão Sagrado, C.81 – V.8 e 9)
15. Jawad Ali. “A História dos Árabes no Período Pré-Islâmico”. Volume 5.
Da Orientação do Islam XXIII - A Mulher - Entre a Situação Histórica e a Exclusão Social 29
“Não mateis vossos filhos por temer à necessidade, pois nós os sustentaremos, bem como a vós; sabei que o assassinato deles é um grave delito”. (Alcorão Sagrado, C.17 – V.31)
Em relação ao desapreço pela mulher e a sua desigualdade para com o homem no meio social e no ponto de vista geral, o Alcorão Sagrado determina o seguinte:
“Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. (58) Se oculta do seu povo, pela má noticia que lhe foi enunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Que péssimo é o que julgam! (59)” (C. 16)
O Alcorão Sagrado condena o ato de discriminação entre a mulher e o homem; no que diz respeito a usufruir das dádivas da vida, pois Deus, Glorificado seja, não privou nenhum dos dois sexos delas, pelo contrario, eles foram criados para gozar de tudo que Deus pôs à disposição. Mas, a opressão social e a discriminação entre os sexos fizeram com que surgisse esta desigualdade nas diferentes sociedades, como é afirmado no versículo abaixo:
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“Dizem ainda: o que há nas estranhas de tais animais é lícito exclusivamente para os nossos varões e está vedado às nossas mulheres, porém, se a cria nascer morta, todos desfrutarão dela. Ele os castigará por seus desatinos, porque é prudente, sapientíssimo”. (C.6 – V.139)
A respeito do tratamento da mulher como se fosse algo material, com a liberdade confinada nos direitos à herança, no casamento e nos direitos materiais em geral, o Alcorão Sagrado tem uma posição de condenação para tais atitudes, anulando todos estes resíduos de ignorância na sociedade que o Islam está construindo e edificando. Deus, o Altíssimo disse:
“Ó fiéis, não vós é permitido herdar as mulheres contra a vontade delas, nem as atormentar, com o fim de vos apoderardes de uma parte daquilo com que as tenhais dotado, a menos que elas tenham cometido comprovada obscenidade. E harmoniza-vos com elas, pois se antipatizardes com elas podereis estar antipatizando com algo que Deus dotou de muitas virtudes”. (C.4 – V.19)

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