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segunda-feira

4 dezembro 2017

22:27:25
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O fim de Daesh e o Fracasso do Plano de Eliminar o Movimento de Resistência

Este artigo se aborda a questão de desmantelamento e o fim do Daesh na Síria e no Iraque, e os motivos e objetivos que levaram a formar este grupo terrorista, bem como derrotá-lo.

Eventualmente, depois de anos de resistência, o movimento terrorista takfiri de Daesh foi desmantelado na Síria e no Iraque. O general Qassem Soleimani, o comandante da Força Quds, escreveu em uma carta ao Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei, afirmando: "Ao finalizar a campanha de libertação de região Abu Kamal, a última fortaleza de Daesh, com a descida da bandeira deste grupo sionista-americano e o levantamento da bandeira da Síria, anuncio o fim do domínio desta “arvore maldita e degenerada”.

A vitória sobre Daesh

Qassim Soleimani, e as forças sob o seu comando desempenharam um papel importante na prevenção da queda de Bagdá, Damasco e Erbil por grupo terrorista. Eles criaram uma frente poderosa contra os terroristas do Daesh, mobilizando, organizando e direcionando o exército e as forças populares do Iraque e da Síria e organizaram um poderoso grupo composto por voluntários do Irã, Afeganistão e Paquistão e do movimento libanês do Hezbollah. Com esta organização, foram impedidos os avanços dos terroristas do Daesh.

Nesta frente contra Daesh, não somente participaram os xiitas, mas presentes muitos sunitas, yazidis e cristãos. O exército e as forças populares, juntamente com as forças de defesa do Santuário (do mundo islâmico) provenientes do Iraque, do Irã, da Afeganistão, do Paquistão e do Líbano, tornaram possíveis e viáveis o objetivo de combater com os terroristas.

Após a ocupação por Daesh de Mosul, os estrategistas americanos tinham estimado que levasse mais de trinta anos para que Mosul pudesse se libertar do Daesh. Foram os americanos que plantaram o Daesh no Iraque, e ninguém como eles sabiam sobre a natureza e poder desses takfiris e terroristas. O Daesh foi criado para objetivos de longo prazo com o apoio intelectual, financeiro, político e militar dos sauditas, norte-americanos e britânicos como a maior organização terrorista do Médio Oriente. Ocupando grandes partes da Síria e do Iraque e a formação de um governo autoproclamado “Governo do Levante a Iraque”, procuravam dividir os países da região e eliminar a resistência que enfrentava o regime invasor sionista. Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e seus aliados regionais iniciaram um jogo multifacetado na região ao longo dos últimos anos. Ao formar o Daesh e, por outro lado, alegaram lutar contra esse grupo e terroristas, às vezes atiraram contra terroristas, fazendo voar seus caças e atacando as bases do Daesh mostrando supostamente à opinião pública que estavam combatendo contra terroristas.

Após a queda de Mosul, os Estados Unidos formaram uma frente demonstrativa sob o nome da Coalizão Internacional anti-Daesh, a fim de gerenciar a crise da insegurança no Iraque e impedir a liderança da luta pelo movimento da resistência, uma tendência que foi contrária à vontade, expectativa e objetivos dos Estados Unidos e seus aliados. Um dos elementos mais importantes na política externa e segurança e inteligência dos EUA e seus aliados foi à divisão e fissura entre países da região, um ponto essencial para criar a insegurança nos países do Médio Oriente e para criar tensões e desentendimentos entre os seguidores de várias escolas religiosas islâmicas.

Ao mesmo tempo, o pensamento de Wahabismo foi reforçado pelos britânicos na Arábia Saudita que estava vinculado ao regime de Al-Saud. Alias a base ideológica do Daesh também se deriva de noções e interpretações incorretas dos wahhabitas, do Alcorão Sagrado e da tradição do profeta de Islã. Neste sentido, e com base em esta percepção violenta e extremista dos ensinamentos pacíficos e libertadores do Islã, os muçulmanos que desobedeciam e não se submetiam à Wahabismo, eram considerados infiéis e condenados à morte. Com este fundamento ideológico que Daesh decapitou e assassinou dezenas de milhares de pessoas e realizou os mais terríveis crimes de direitos humanos em nome do Islã.

O serviço que Daesh prestou aos Estados Unidos e os sionistas na destruição da imagem do Islã nos últimos anos, nenhum corrente e pensamento tem feito. Na verdade, o projeto de Daesh foi a maior sedição e conspiração sem precedentes que tem sido realizado para destruir a unidade muçulmana e alterar a geografia regional. Pela primeira vez, um grupo terrorista foi formado composto por membros de diferentes países ocidentais, da Ásia, árabes, africanos e do oeste da Ásia, sendo mais poderosos e capazes em relação aos anteriores grupos terroristas.

O segundo ponto sobre Daesh foi a sua capacidade de inteligência e militar. Equipamentos militares muito poderosos, bem como muitas informações fornecidas por agências de inteligência e segurança dos EUA e por seus aliados que passaram para Daesh, eram muito além de imaginar. O Daesh foi mais poderoso do que outros grupos extremistas e terroristas, provocando o grande medo e uma intimidação histórica, podendo ter sido mais tenebroso que os Mongóis. Decapitando as crianças, mutilando as pessoas, atacando prisioneiros, queimando-as vivas, sufocando pessoas na água, executando pais a frente dos filhos, matando mulheres, explodindo os dissidentes e cativando as mulheres e explorando-as sexualmente.  Até mesmo ensinar às crianças atos de violência e agressão.

Tendo em vista que o Irã se tornou nos últimos anos um centro da unidade e convergência dos países muçulmanos, o principal objetivo do grupo terrorista Daesh, juntamente com outros objetivos, era atingir a República Islâmica do Irã e causar insegurança nas suas fronteiras.

Portanto, o Daesh não foi um projeto de longo prazo, não criado para chegar tão cedo o seu fim, pois, foi formado para permanecer e atrapalhar as equações do Irã e dos países islâmicos.

Ao contrário das expectativas e exigências dos Estados Unidos, os sionistas e seus aliados regionais, os crimes devastados por terroristas takfiris, revelaram a sua natureza maligna aos seguidores de várias religiões islâmicas e até não-islâmicas, unindo e determinando-os em erradicação desse fluxo de pensamento malicioso.

Os crimes de Daesh se uniram as etnias e seguidores de várias religiões na Síria e no Iraque. Muitos jovens no Irã, do Líbano, do Afeganistão e do Paquistão foram para a Síria e o Iraque lutando contra este corrente terrorista. Milhares deles foram martirizados durante essa luta, mas sempre presente nesta luta a determinação de Resistência.

Um grupo que foi criado e formado inicialmente com objetivo de erradicar a resistência e criar tensão e guerra entre países islâmicos, foi um fator encorajador da unidade e levou a unificação dos muçulmanos. O desmantelamento do Daesh na Síria e no Iraque significou o surgimento de uma verdadeira unidade no mundo islâmico.

Agora que a sedição sectária passou os últimos dias de sua vida, precisamos pensar sobre a integridade do mundo islâmico e moldar iniciativas para ampliar a compreensão entre os países muçulmanos. Hoje, o mundo inteiro conhece o Daesh e ninguém mais vê estes terroristas como representantes do Islã.

Por suposto, deve-se considerar que a vida do Daesh tem vários níveis: hoje, praticamente a vida operacional e militar deste grupo terrorista chegou ao fim e há poucos restos disso nas regiões desérticas. Mas, em algumas áreas marginais no Médio Oriente, ainda tem a possibilidade de tomar medidas estratégicas contra os governos centrais e continuar incomodando as nações muçulmanas.

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