Agência de Notícias AhlulBayt

Busca : ParsToday
quarta-feira

12 setembro 2018

20:04:56
909056

A manifestação do Alcorão na Revolta do Imam Hussein(AS) (1)

No início do mês de luto de Muharram, oferecemos condolências a todos os nossos amados leitores e ouvintes sobre o trágico martírio de Imam Hussein (SA), o neto e o 3º Herdeiro Infalível do Último e Maior Mensageiro do Todo-Poderoso para a humanidade, o Profeta Mahammad (Bênçãos de Deus sobre ele e sua progênie).

Nós preparamos uma série de programas diários na ocasião. Agora temos a primeira parte do nosso tributo aos imortais mártires de Karbala intitulado: “A manifestação do Alcorão na revolta do Imam Hussein”.

O levante de Karbala e do épico da Ashura, ou seja, os incidentes que ocorreram no decimo dia do mês no calendário islâmico, marcando o clímax da reflexão de Muharram (2 de Outubro 680) é uma revolução único na história da humanidade que rejuvenesceu o Islã e todos os valores humanitários, revelando a verdade e expor em um tempo muito curto o mal do usurpador regime de Omíadas, apesar da propaganda dos tiranos para induzir em erro as massas muçulmanas, em relação à Imam Hussein (AS) e a linhagem de Ahl al-Bayt.

Imam Hussein (AS), como seu pai Imam Ali (AS) e seu irmão mais velho, Imam Hassan (AS), era na expressão dos xiitas como um Alcorão an-Nateq, que significa “Alcorão Falante” ou o Alcorão em ação. É por isso que a insurreição de Karbala é de fato manifestação dos versículos corânicos da Palavra Revelada do Deus Todo-Poderoso, o Alcorão Sagrado.

O Profeta, antes de deixar o mundo mortal, ordenou aos muçulmanos que, em mandamento divino, se apegassem às “Thaqalayn” (O Hadith al-Thaqalayn, também conhecido como o Hadith das duas coisas importantes, refere-se a um dito do profeta islâmico Mahammad. Neste hadith ele se referiu ao Alcorão e Ahl al-Bayt como as duas coisas pesadas.), ou às Duas Coisas que Ele estava deixando para trás, isto é, o Alcorão Sagrado e sua progênie, Ahl al-Bayt.

Ele havia alertado os muçulmanos contra o abandono de ambos, dizendo que, se o fizerem, eles se desviarão da verdade, já que o Alcorão Sagrado e a abençoada Ahl al-Bayt nunca estão separados um do outro. Um famoso hadith diz que a Terra existe por causa da presença de um Representante Infalível de Deus.

O Profeta do Islã foi o último dos mensageiros divinos, e depois dele a cadeia da representação de Deus na terra foi confiada aos 12 Imames Infalíveis de sua família, dos quais o primeiro era Imam Ali (AS). Da mesma forma, o Alcorão não pode ser adequadamente entendido, exceto pela adesão aos ensinamentos dos Imames Infalíveis.

Imam Hussein (AS) como o representante de Deus na terra foi à manifestação do Alcorão Sagrado. Ele viu o agravamento da situação da sociedade islâmica nos dias do tirano Mu'awiyah, que em seu último ato de maldade nomeou seu filho libertino Yazid como califa, violando a letra e o espírito do Alcorão Sagrado.

Como Imam Hussein (AS) poderia ficar em silêncio diante de um crime tão grande? Coube a ele desafiar o tirano, que exigia dele juramento de lealdade. Ele seja na cidade de Medina ou em Meca ou em qualquer outro lugar, até os últimos momentos de sua vida no martírio de Karbala, sempre falou sobre o Alcorão Sagrado e seu amor inabalável pelo Livro das Escrituras divinas. Ele ensinou não apenas as pessoas de sua época, mas também de todas as eras subsequentes da sabedoria das diretrizes do Alcorão, a fim de derrotar a corrupção e a opressão na sociedade.

Yazid, uma personalidade corrupta e de devassidão. Ele queria extrair um juramento de lealdade ao seu domínio ímpio do Imame Hussein (AS), ou seja, através deste ato legitimara a sua governança. Ele instruiu seu governador em Medina, Waleed ibn Otbah, para transmitir sua demanda ao neto do Profeta.

Imam Hussein (AS) recitando os versículos do Alcorão recusou e decidiu expor o rosto criminoso do regime Omíadas. Ele teve que encenar uma insurreição única, a fim de salvar o islamismo e os valores humanitários.

No dia da Ashura no ano de 61 Hégira lunar, uma manifestação gloriosa ocorreu. Ele alcançou o martírio imortal, do qual estudiosos escritores e artistas se apresentaram em diferentes formas e de vários ângulos, cuja essência é a sincronização do Imam Hussein (AS) com o Alcorão Sagrado em sua insurreição imortal.

308