O grupo Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP, na sigla em inglês) de Swarthmore declarou, na sexta-feira, que os estudantes foram obrigados a desocupar o campus.
Dos seis estudantes suspensos, quatro eram pessoas não brancas e três eram estudantes de primeira geração e de baixa renda, segundo o comunicado.
“Isso faz parte de uma tendência preocupante por parte de Swarthmore de explorar as vulnerabilidades dos estudantes manifestantes com base na discriminação racial”, acrescentou o grupo.
Os estudantes suspensos provisoriamente estão proibidos de participar de eventos universitários ou de entrar no campus.
Segundo o SJP, esta é a primeira vez que a universidade suspende estudantes por protestarem desde, pelo menos, a década de 1960.
A presidente do Swarthmore College, Valerie Smith, afirmou em um comunicado, na quinta-feira, que os estudantes suspensos haviam vandalizado propriedades do campus.
“Se continuarem sem se dispersar e violando as políticas da universidade e a lei, não teremos outra opção a não ser intensificar nossa resposta, enquanto consideramos todas as medidas para encerrar o acampamento”, declarou Smith.
No campus do Swarthmore College, os estudantes restantes e os membros do SJP disseram que planejam continuar o protesto em seu acampamento.
“Esses repúdios são insignificantes quando lembramos por que estamos aqui: as centenas de milhares de palestinos que foram martirizados e deslocados, mas que continuam resistindo à violência genocida”, disseram.
A universidade é uma das dezenas de instituições de ensino superior dos Estados Unidos que estão sendo investigadas pela administração do presidente Donald Trump por cortes orçamentários relacionados ao ativismo pró-Palestina.
Apesar das medidas punitivas aplicadas pela administração Trump, estudantes pró-Palestina têm montado novos acampamentos em várias universidades dos Estados Unidos nesta primavera, em um renascimento do movimento pró-Palestina do ano passado, em oposição à guerra genocida do regime israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza.
Desde janeiro, o governo Trump tem reprimido estudantes que demonstram apoio e participam de protestos pró-Palestina.
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