O governo espanhol cancelou um contrato de munições no valor de mais de US$ 7 milhões com uma empresa israelense, após pressão de seu parceiro de coalizão de esquerda, o Sumar, segundo relatos da mídia.
Na quarta-feira, soube-se que o Ministério do Interior prosseguiria com a compra de munições de 9mm para uso pela Guarda Civil, a polícia nacional.
A decisão ocorreu apesar de o ministério ter anunciado no ano passado que cancelaria a compra de 15,3 milhões de balas da IMI Systems, de Israel, conforme relatou o The Guardian, devido ao “compromisso da Espanha de não comprar nem vender armas para o Estado de Israel após o início do conflito armado em Gaza”.
A notícia provocou uma reação furiosa da plataforma Sumar, fundada por Yolanda Díaz, ministra do Trabalho da Espanha e uma das três vice-primeiras-ministras.
O Sumar “exigiu o cancelamento imediato do contrato”, acrescentou o relatório, enquanto o líder do grupo Esquerda Unida da plataforma afirmou que ele e seus colegas “não tolerariam qualquer parte do governo financiando um Estado genocida”.
Compromisso “absoluto”
Em comunicado citado pelo The Guardian, o Sumar afirmou que seu compromisso com o povo palestino “é absoluto”.
“Por isso, temos repetidamente exigido um embargo total à compra de armas de Israel, o rompimento de relações diplomáticas com Israel, a imposição de sanções e o apoio ao Tribunal Penal Internacional nos mandados de prisão emitidos contra Netanyahu e outros membros de seu governo e do exército israelense”, acrescentou o comunicado.
A Reuters citou uma fonte governamental afirmando que a empresa israelense “teria a permissão negada para importar material de defesa pelas autoridades espanholas com base no ‘interesse público’, o Ministério do Interior rescindiria o contrato e os advogados do governo responderiam a quaisquer ações judiciais subsequentes”.
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