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quarta-feira

21 dezembro 2022

15:25:15
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Greve nos aeroportos brasileiros: sindicato diz que negociação passa pelo 'respeito às folgas'

Às vésperas das festas de fim de ano e de Natal no Brasil, os aeroportos enfrentam uma greve de pilotos e comissários de aviões pelo segundo dia consecutivo. Em conversa com a Sputnik Brasil, sindicatos de ambos os lados apresentaram suas versões sobre a crise e explicaram como ficará a vida do cidadão em caso de perda do voo.

Desde segunda-feira (19), aeroportos brasileiros registram atrasos e cancelamentos, enquanto milhares de pessoas aguardam uma definição para saber se poderão viajar com tranquilidade neste fim de ano. A paralisação ocorre simultaneamente em nove aeroportos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Brasília e Ceará.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) já indicou anteriormente que a "greve continua por tempo indeterminado", até que as propostas, que incluem um reajuste acima da inflação, um aumento de 5%, e melhores condições de trabalho, sejam acertadas com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).

Segundo o SNA, a greve ocorre respeitando a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) da obrigatoriedade de manter as atividades de 90% dos comissários e pilotos durante a paralisação. Ainda de acordo com o sindicato, 100% dos tripulantes estarão a postos, mas 1% a 2% deles atrasarão os voos.

Em conversa com a Sputnik Brasil, Henrique Hacklaender, presidente do SNA, explicou que as paralisações "não são apenas de interesse da categoria, mas também da sociedade, pois ninguém quer um tripulante, comissário, copiloto ou comandante cansado e mal remunerado a bordo de aeronaves carregando as pessoas para o país afora".

Ele aponta que na demanda dos sindicalistas "há um evidente caráter de segurança operacional evolvido" que não pode ser subestimado. A demanda do sindicato passa, principalmente, segundo Henrique Hacklaender, pela garantia de direitos "para definir horários de veto na alteração de folgas".

O problema, para ele, "é que ao invés de considerar o problema da folga e buscar um acordo com a categoria, as empresas querem negociar a venda das folgas, um antagonismo entre o que está sendo solicitado e oferecido".

O SNA ressalta que os altos preços das passagens aéreas estão gerando altos lucros para as companhias aéreas e os profissionais estão ficando para trás. Além disso, a categoria ainda destaca o trabalho durante a pandemia, já que a aviação não parou, "mesmo com reduções nos salários".


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