Segundo a agência de notícias palestina Sanad, veículos militares e drones israelenses abriram fogo contra civis palestinos que se dirigiam ao posto de distribuição de ajuda no oeste de Rafah, apoiado pelos EUA, para receber pacotes de mantimentos.
O Escritório do Governo de Gaza confirmou, em comunicado oficial, o massacre ocorrido no sul do enclave costeiro e alertou que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas.
O comunicado criticou duramente o sistema de distribuição da ajuda humanitária na região sul de Gaza, classificando os centros de distribuição como “armadilhas mortais em massa”, responsáveis por causar dezenas de mortes e ferimentos.
As autoridades de Gaza informaram ainda que, apenas na última semana, ao menos 39 pessoas foram mortas e mais de 220 ficaram feridas nesses centros de ajuda.
“O que está acontecendo em Gaza é o uso sistemático e cruel da ajuda humanitária como arma de guerra — usada para chantagear civis famintos e forçá-los a se concentrar em pontos de extermínio expostos, sob gestão e supervisão do exército de ocupação, com financiamento e cobertura política dos Estados Unidos, que têm total responsabilidade moral e legal por esses crimes”, destacou a nota.
O governo de Gaza apelou às Nações Unidas (ONU) para que assumam sua responsabilidade e abram imediatamente e sem restrições todas as passagens fronteiriças. “O silêncio diante desses massacres é uma forma vergonhosa de cumplicidade que condena todos aqueles que se mantêm omissos, silenciosos ou os justificam”, conclui o comunicado.
Desde outubro de 2023, Israel tem conduzido uma ofensiva militar contra a população palestina em Gaza, resultando até o momento na morte de mais de 54.400 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde palestino.
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