Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA), por meio de um relatório divulgado na quinta-feira, a organização de defesa dos direitos humanos acusa o controverso sistema de distribuição de ajuda na Faixa de Gaza — respaldado por Israel e pelos Estados Unidos, e que substituiu a rede da ONU — de empregar táticas de fome contra a população palestina.
“A devastadora perda diária de vidas, enquanto palestinos desesperados tentam obter ajuda, é consequência do ataque deliberado das forças israelenses e de metodologias de distribuição irresponsáveis”, afirmou Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional.
O Ministério da Saúde em Gaza informou que mais de 500 palestinos perderam a vida dentro ou nas proximidades dos centros de distribuição de ajuda humanitária da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) no último mês.
Esses centros, que contam com segurança privada feita por mercenários, estão localizados próximos a posições militares israelenses. Palestinos e testemunhas relataram que as forças israelenses dispararam contra as multidões reunidas nesses locais.
Grande parte das vítimas eram pessoas que já haviam perdido suas casas e viviam em condições extremas. Muitos estavam há dias sem acesso a comida ou água potável. Para eles, recorrer a esses pontos de distribuição era uma questão de sobrevivência, não uma escolha.
A fome não deveria ser uma armadilha mortal. A comunidade internacional deve exigir, com urgência, proteção efetiva para os civis e garantir que suas necessidades básicas não continuem sendo alvo dos bombardeios.
Desde o ano passado, a Anistia Internacional acusa Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza, onde cerca de 57.100 palestinos foram mortos nos últimos 21 meses.
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