31 janeiro 2025 - 21:57
Lula ameaça responder a possíveis medidas tarifárias de Trump com reciprocidade

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o país adotará uma postura de "reciprocidade" caso os Estados Unidos decidam impor tarifas sobre produtos brasileiros.

"É muito simples. Se ele (Trump) taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade no Brasil ao taxar os produtos importados dos Estados Unidos", declarou Lula nesta quinta-feira durante uma coletiva de imprensa em Brasília, a capital brasileira.

Lula também fez um apelo a Trump, pedindo que respeite o Brasil, e lembrou que o magnata americano foi eleito para governar os Estados Unidos, enquanto ele foi eleito para governar o Brasil.

Em relação à possível tensão comercial, Lula destacou que sua prioridade não é manter uma dinâmica de confronto com os EUA, mas sim estabelecer uma relação de respeito entre nações soberanas.

"Trump foi escolhido para liderar os Estados Unidos, e eu enviei uma carta desejando-lhe sucesso em sua administração. Eu também fui eleito no Brasil e, por isso, quero demonstrar respeito pelos EUA, assim como espero que Trump tenha o mesmo respeito pelo Brasil", enfatizou.

Após destacar que busca "melhorar essa relação" para aumentar o intercâmbio comercial, Lula afirmou: "Não me preocupa se ele vai brigar pela Groenlândia, o Golfo do México ou o Panamá; o que ele deve fazer é respeitar a soberania de outros países".

Essas declarações ocorreram após Trump acusar o Brasil, junto com outros países como China e Índia, de "querer prejudicar a economia dos Estados Unidos".

"Vamos impor tarifas a países que realmente querem nos prejudicar. Eles querem nos prejudicar, embora basicamente busquem fazer o bem para seus próprios países. Olhem o que os outros fazem: a China é uma grande criadora de tarifas, a Índia, o Brasil e tantos outros países...", afirmou Trump.

Nas últimas semanas, Trump ameaçou vários países com o aumento de tarifas e a imposição de sanções contra aqueles que não seguirem as diretrizes de Washington, como é o caso do Canadá e da Colômbia.

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