7 julho 2025 - 00:57
BRICS condena agressões dos EUA e de Israel contra o Irã e adverte sobre risco de escalada

A cúpula dos BRICS condena os ataques militares contra o Irã, classificando-os como uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.

“Condenamos os ataques militares contra a República Islâmica do Irã desde 13 de junho de 2025, os quais constituem uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e expressamos profunda preocupação com a escalada subsequente da situação de segurança no Oriente Médio”, afirma a declaração conjunta emitida neste domingo pelos líderes dos BRICS, reunidos no Rio de Janeiro, Brasil.

O comunicado também destaca a necessidade de manter as salvaguardas nucleares e a segurança para proteger as pessoas e o meio ambiente, expressando preocupação com os ataques contra “infraestruturas civis e instalações nucleares pacíficas sob as plenas garantias da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.

“Nesse contexto, reiteramos nosso apoio às iniciativas diplomáticas voltadas para enfrentar os desafios regionais. Conclamamos o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) a assumir sua responsabilidade sobre este assunto”, afirma a nota.

Em sua intervenção na cúpula deste domingo dos BRICS, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, agradeceu a posição do grupo em condenar as recentes agressões contra o país persa, alertando que as consequências dessa guerra não se limitarão a um único país.

Em 13 de junho, o regime de Israel iniciou uma agressão contra o Irã, sob o pretexto de destruir completamente o programa nuclear pacífico iraniano. A ofensiva israelense teve como alvos centros militares, instalações nucleares e áreas residenciais em Teerã (a capital) e em várias outras cidades iranianas.

Mais de uma semana após a agressão, os Estados Unidos, por ordem do presidente Donald Trump, também se juntaram a Israel e bombardearam três instalações nucleares iranianas em Fordo, Natanz e Isfahan, em uma grave violação da Carta das Nações Unidas, do direito internacional e do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Após 12 dias de agressão israelense, a resposta esmagadora das Forças Armadas do Irã, com o lançamento de centenas de mísseis e drones, obrigou o regime de Tel Aviv a interromper sua ofensiva e declarar um cessar-fogo.

Os líderes dos BRICS também apelaram aos negociadores para que alcancem rapidamente um cessar-fogo incondicional, com o objetivo de pôr fim à guerra de 22 meses na Faixa de Gaza.

“Instamos as partes a participarem de boa-fé em novas negociações para alcançar um cessar-fogo imediato, permanente e incondicional”, declarou o bloco de 11 nações em sua declaração final da cúpula.

O BRICS também solicitou a “retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza, e de todas as outras partes dos territórios palestinos ocupados”.

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