4 maio 2025 - 09:28
Do Nahj al-Balaghah para ter uma equipe de ouro

O Príncipe dos Crentes Imam Ali (A.S.) não é apenas um governante, mas o arquiteto de um modelo de governança humana e justa. No Nahj al-Balaghah, um conjunto de critérios precisos e inspiradores para a seleção e avaliação do capital humano eficiente e valioso é delineado; critérios que ainda hoje podem servir como luz guia para a construção de um sistema limpo, eficiente e popular.

Agência Internacional Ahlulbayt (A.S.) - ABNA: O Príncipe dos Crentes Imam Ali (A.S.) não é apenas um governante, mas o arquiteto de um modelo de governança humana e justa. No Nahj al-Balaghah, um conjunto de critérios precisos e inspiradores para a seleção e avaliação do capital humano eficiente e valioso é delineado; critérios que ainda hoje podem servir como luz guia para a construção de um sistema limpo, eficiente e popular.

Critério 1: Religiosidade e Taqwa

O Príncipe dos Crentes (A.S.) diz: “ temor a deus é a chave de cada porta fechada, o tesouro do Dia do Juízo, a libertação de toda escravidão e a salvação de toda destruição” (1).

A força de trabalho ideal no sistema islâmico deve, antes de tudo, ser composta por pessoas tementes a Deus e comprometidas com a prática da religião, colocando a satisfação divina acima dos interesses pessoais e seguindo o caminho correto.

Fé no objetivo e conhecimento do caminho

 Ele diz: “Aquele que age com consciência é como um viajante que avança por um caminho iluminado” (2).

O servidor do sistema deve saber para onde está indo, por que está nesse caminho e qual objetivo deve alcançar. A fé no objetivo separa o caminho correto do errado.

Honestidade: Pilar da confiança pública

 Na carta a Malik Al-Ashtar, Ele recomenda: “Escolha administradores que sejam bem vistos entre as pessoas e conhecidos por sua honestidade” (3).

A traição à confiança é um grande pecado, especialmente se prejudica a confiança pública. O responsável pelo governo deve ser honesto e digno de confiança.

Gestão sem especialização é traição ao povo

 Na carta do Imam a Malik Al-Ashtar, está escrito: “Preste atenção ao estado dos seus secretários e funcionários, e confie suas tarefas aos melhores deles” (4).

O critério principal é a competência, não relações, clãs ou fama. Sem conhecimento e habilidade, as tarefas podem ser desviadas ou mal executadas. Nesse caso, aqueles que mais sofrem são os povos.

Experiência e discernimento executivo

 Ele aconselha Abu Musa Al-Ash’ari: “Infeliz é aquele que é privado da razão e da experiência que lhe foram dadas” (5).

A experiência complementa a razão. Quem não tem experiência pode se perder em tentativas e erros e pode causar danos ao povo.

Perseverança e incansabilidade

 No epístola 59, Ele diz: “Esforce-se ao máximo para cumprir os direitos devidos ao povo, pois o benefício que você obtém disso é maior do que os problemas e dificuldades que você enfrenta”.

O servidor não deve se cansar do trabalho excessivo, pois o ato de servir ao povo exige uma mentalidade ativa e perseverante, e os esforços que ele faz em prol do povo são insignificantes em comparação com as recompensas de Deus.

Lealdade e compromisso com a liderança divina

Ele diz aos servidores: “Se eu ordenar, obedeçam” (6).

O sistema islâmico se baseia na liderança. O capital humano ideal do sistema islâmico deve ser seguidor do Líder e não deve ter dúvidas em sua obediência, pois a falta de liderança pode causar instabilidade e desvio dos objetivos do governo islâmico.


Notas e fontes

: 1- Sermão 230 do Nahj al-Balaghah

 2- Sermão 154 do Nahj al-Balaghah

 3- Carta 53 do Nahj al-Balaghah

 4- Carta 73 do Nahj al-Balaghah

 5- Carta 78 do Nahj al-Balaghah

 6- Sermão 34 do Nahj al-Balaghah

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