Milhões de iemenitas saíram às ruas de Sana nesta sexta-feira em uma manifestação multitudinária sob o lema “Continuar o apoio a Gaza e enfrentar a agressão sionista contra a Ummah Islâmica”. Os participantes reafirmaram sua lealdade ao líder do movimento Ansarolá, Abdulmalik al-Houthi, e sua disposição de se unir à “batalha prometida” contra Israel e os Estados Unidos, acusando ambos de promover planos divisionistas para desestabilizar a região.
Durante o protesto — realizado como parte de mobilizações semanais — os manifestantes condenaram com veemência o genocídio em curso na Faixa de Gaza e o apoio militar e político dos EUA ao regime de Tel Aviv. Alertaram sobre a destruição sistemática das infraestruturas civis e da vida palestina em território ocupado. Também expressaram forte repúdio às incursões de colonos israelenses na mesquita sagrada de Al-Aqsa e denunciaram a passividade cúmplice de vários governos árabes e de organismos internacionais.
Em uma declaração lida no ato, o povo iemenita exigiu medidas concretas e urgentes das nações islâmicas para conter as “ambições expansionistas sionistas e norte-americanas”, e elogiou a firmeza da resistência palestina frente à agressão. Também condenou os ataques israelenses contra a Síria e o Líbano, convocando os povos da região, em especial os sírios, a “manterem-se vigilantes diante dos planos destrutivos do inimigo”.
A mobilização destacou os recentes êxitos militares do Iêmen, como o fechamento do porto israelense de Eilat (Um al-Rashrash), classificado como “um golpe estratégico contra o bloqueio de Gaza”. Os manifestantes também prestaram homenagem a Mohamed al-Deif, comandante das Brigadas al-Qassam — braço armado do Hamas — e juraram continuar a resistência “até a vitória ou o martírio”.
Desde outubro de 2023, o Iêmen tem se consolidado como um dos principais eixos de apoio ativo à causa palestina, com manifestações constantes em todo o país. Em paralelo, suas forças armadas intensificaram operações no Mar Vermelho contra embarcações associadas a Israel, comprometendo-se a mantê-las enquanto persistir o cerco à Faixa de Gaza. Analistas veem essas ações como uma tentativa de pressionar a comunidade internacional a deter a ofensiva sionista e a responsabilizar os seus aliados.
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