Qaribabadi destacou que, no atual contexto, é essencial “redefinir a forma como os compromissos são implementados” com o organismo internacional, em referência aos desafios decorrentes dos recentes ataques atribuídos a Israel e aos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas. “A Organização de Energia Atômica do Irã está avaliando os danos causados por esses atos ilegais”, acrescentou.
Em outra parte de suas declarações, o alto funcionário classificou como “crucial” a próxima reunião de sexta-feira em Istambul com representantes da Alemanha, França e Reino Unido (o grupo E3), após um apelo dos chanceleres europeus ao ministro iraniano, Abbas Araqchi. “Discutiremos o mecanismo de gatilho (snapback) que a Europa ameaça ativar, embora careça de base legal”, afirmou.
Qaribabadi rejeitou as acusações europeias sobre supostos descumprimentos do Irã em relação ao acordo nuclear (JCPOA, 2015), lembrando que “os europeus suspenderam suas obrigações após a retirada unilateral dos EUA em 2018”. “Com que autoridade exigem agora algo que eles próprios não cumpriram?”, questionou.
Sobre o programa nuclear, o vice-ministro reiterou que o Irã “enriquecerá urânio conforme suas necessidades” e alertou que qualquer reativação de sanções pelo grupo E3 seria “um ato punitivo contrário ao espírito do JCPOA”.
O anúncio ocorre em meio a pressões europeias para reativar o snapback — um mecanismo que permitiria retomar as sanções da ONU — medida que Teerã considera inviável após os ataques às suas instalações.
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