Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA): Em artigo assinado por Ricardo Mohrez Muvdi, palestino nascido em Beir-Jala e refugiado na Colômbia, o ataque sionista no Catar é interpretado como prova de que, apesar da brutalidade da ocupação e do derramamento de sangue, a resistência palestina ainda busca o diálogo. Segundo Muvdi, atacar mediadores ou negociadores é um ato motivado pelo medo de que a verdade revele a mentira da suposta “impossibilidade da paz”.
“Israel, com esse crime, confirma que não tem interesse em nenhuma solução política ou humanitária. Sua estratégia é prolongar a guerra, a ocupação e o genocídio, e destruir qualquer ponte de diálogo que possa mostrar ao mundo a legitimidade da causa palestina e a vontade real da resistência de encontrar saídas dignas”, escreve o especialista.
O artigo destaca que não é apenas o Catar que foi atingido. Antes, ataques semelhantes ocorreram na Síria, no Líbano, no Iraque e até no Iêmen, sem respostas contundentes dos governos árabes. “Amanhã será a vez do Egito? E, se assim for, seremos testemunhas do mesmo silêncio cúmplice?”, questiona Muvdi.
O artigo reforça que a história da Palestina é também de resistência e que os povos árabes precisam compreender que seu silêncio prolonga o sofrimento em Gaza, na Cisjordânia e entre os refugiados na diáspora. “O despertar popular é urgente, porque apenas os povos — e não as elites subjugadas — poderão impor a defesa da justiça”, acrescenta Muvdi.
“O ataque no Catar demonstra que o sionismo teme o diálogo verdadeiro. E quando um regime armado até os dentes teme a palavra, a negociação e a verdade, isso significa que seus dias estão contados”, conclui.
Ricardo Mohrez Muvdi nasceu em 1952 em Beir-Jala, Palestina, é refugiado na Colômbia, administrador de empresas e presidente da União Palestina da América Latina (UPAL).
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