A Câmara Municipal de Santo André, na região metropolitana de São Paulo, está exigindo ao governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que rompa relações com “israel” devido ao genocídio que esta entidade vem cometendo contra o povo palestino há mais de um ano e meio.
A casa legislativa aprovou, na última terça-feira (24), um requerimento apresentado pelo vereador Ricardo Alvarez (PSOL). Segundo o documento, “o Brasil, como nação comprometida com os direitos humanos e a justiça internacional, não pode permanecer indiferente ao genocídio palestino em Gaza, perpetrado por Israel”.
“Manter relações diplomáticas com um estado que pratica limpeza étnica é uma cumplicidade moral inaceitável. É hora de o governo Lula dar um passo histórico e romper definitivamente com Israel, seguindo o exemplo de países como Colômbia e Bolívia”, continua o texto.
O requerimento foi apresentado na última sessão do semestre, antes da pausa para recesso, junto a outros requerimentos. A votação foi em bloco e simbólica e contou com a presença de 26 dos 27 vereadores do município.
“Ficamos contentes com a aprovação”, conta ao site da Fepal o vereador Ricardo Alvarez. “A situação do povo palestino está muito difícil, pois está sendo massacrado em seu próprio território. Além disso, os falcões do governo de ‘israel’ pelo mundo tentam impor um discurso único, e esse requerimento é nossa pequena contribuição para dar publicidade ao genocídio.”
O requerimento, como reza o protocolo, já está sendo remetido pela Câmara Municipal à Presidência da República.
O documento (anexado abaixo) finaliza com uma advertência:
Chegou a hora de escolher um lado. Ou o Brasil está com as vítimas do genocídio, ou está com os algozes. Romper relações com Israel é um dever ético, político e histórico. Enquanto Gaza for reduzida a escombros e crianças palestinas forem enterradas sob as ruínas de suas escolas, qualquer neutralidade será cumplicidade. O Brasil não pode esperar mais – a hora de cortar relações é agora.
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Senhor Presidente
Brasil Deve Romper Relações Diplomáticas com Israel para Enfrentar o Genocídio em Gaza
O Brasil, como nação comprometida com os direitos humanos e a justiça internacional, não pode permanecer indiferente ao genocídio palestino em Gaza, perpetrado por Israel. A escalada de violência já matou mais de 40 mil pessoas, incluindo milhares de crianças, em um dos massacres mais brutais do século XXI. Manter relações diplomáticas com um Estado que pratica limpeza étnica é uma cumplicidade moral inaceitável. É hora de o governo Lula dar um passo histórico e romper definitivamente com Israel, seguindo o exemplo de países como Colômbia e Bolívia.
A ofensiva israelense não se limita a Gaza. Recentemente, Israel atacou o Irã, ampliando o conflito para toda a região e demonstrando total desrespeito ao direito internacional. Essas ações belicistas, sem qualquer respaldo da ONU, confirmam que Israel age como um Estado fora da lei, desafiando a soberania de outros povos. O Brasil não pode compactuar com um governo que promove a instabilidade global e ignora repetidamente as resoluções da comunidade internacional.
O sequestro da Flotilha da Liberdade em 2010, quando comandos israelenses assassinaram nove ativistas humanitários em águas internacionais, foi um prenúncio da política de terror que hoje se consolida em Gaza. A ação violenta contra civis que levavam ajuda médica e alimentos aos palestinos mostrou que Israel não respeita nem mesmo as missões pacíficas. Esse episódio, amplamente condenado pela ONU, deveria ter sido o suficiente para que o mundo revisse sua relação com o regime sionista.
A prisão do ativista brasileiro Thiago Ávila, um dos membros da Flotilha da Liberdade, que foi ferido e detido por forças israelenses, é mais uma prova da violência sistemática de Israel contra defensores dos direitos humanos. Ávila foi alvo de repressão simplesmente por denunciar a barbárie. Se o Brasil não reagir com firmeza, estará abandonando seus cidadãos e legitimando a impunidade israelense.
Organizações como a FEPAL (Federação Árabe Palestina do Brasil) e movimentos sociais têm pressionado o governo brasileiro a cortar laços com Israel, argumentando que a medida é essencial para frear o genocídio. A ruptura diplomática não é um gesto simbólico, mas uma ferramenta política concreta para isolar um Estado genocida. Países como África do Sul e Irlanda já tomaram medidas duras contra Israel; o Brasil, como líder do Sul Global, não pode ficar para trás.
Além do rompimento diplomático, o Brasil deve suspender imediatamente qualquer cooperação militar com Israel, incluindo a compra de armas e treinamentos conjuntos. Empresas israelenses que fornecem tecnologia militar usada em Gaza não podem ter espaço no país. Enquanto o governo brasileiro negociar com quem fabrica os drones que matam crianças palestinas, estará financiando o massacre. A Carta Capital já revelou que o Itamaraty estuda medidas nesse sentido – agora, é hora de agir.
O protesto em São Paulo no dia 15 de junho, que reuniu milhares de pessoas exigindo o rompimento com Israel, reflete o clamor popular. A sociedade brasileira não aceita ser cúmplice de um genocídio. Lula já condenou abertamente os crimes de Israel, agora é hora de transformar suas palavras em ações. A pressão internacional cresce, e o Brasil tem a chance de liderar um movimento global pela paz e pela justiça.
A entrada explícita dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã, após décadas de tensões veladas, representa um perigo sem precedentes para a estabilidade global. Com o ataque direto das forças norte-americanas a posições iranianas no Iraque, a guerra deixou de ser um embate regional para se transformar em uma crise com potencial de arrastar potências nucleares e seus aliados. O risco de uma espiral militar é claro: o Irã já ameaçou retaliar não apenas contra Israel, mas contra bases dos EUA no Oriente Médio, enquanto Rússia e China, críticas da política ocidental, podem ser levadas a intervir indiretamente, ampliando o cenário de caos.
Além disso, a escalada ameaça desestabilizar economicamente o mundo, com possíveis interrupções no fluxo de petróleo pelo Estreito de Hormuz e uma crise energética global. A comunidade internacional, incluindo a ONU, já alerta para o risco de uma “guerra mundial em câmera lenta”, na qual cada ataque gera uma resposta mais violenta, sem espaço para diplomacia. Enquanto Israel insiste em exterminar todos os Palestinos em Gaza, e os EUA reforçam seu apoio incondicional, a linha entre uma guerra regional e um conflito sem retorno torna-se cada vez mais tênue. O mundo assiste, apreensivo, a um jogo perigoso que pode redefinir o século XXI.
Chegou a hora de escolher um lado. Ou o Brasil está com as vítimas do genocídio, ou está com os algozes. Romper relações com Israel é um dever ético, político e histórico. Enquanto Gaza for reduzida a escombros e crianças palestinas forem enterradas sob as ruínas de suas escolas, qualquer neutralidade será cumplicidade. O Brasil não pode esperar mais – a hora de cortar relações é agora.
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