Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA) – Uma fonte de segurança do Ministério do Interior em Gaza destacou que o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas) lançará em breve uma nova campanha de segurança, descrita como “a maior até agora”, com o objetivo de eliminar os grupos que continuam colaborando com o exército israelense.
Desde que o cessar-fogo entrou em vigor na Faixa de Gaza, em 10 de outubro, as forças do Hamas reprimiram vários desses grupos em todo o território, desarmando recentemente o clã Doghmush na cidade de Gaza.
No entanto, outros grupos permanecem foragidos em áreas que ainda estão sob controle do exército israelense, entre eles as chamadas “Forças Populares”, lideradas por Yaser Abu Shabab, no leste de Rafah, e o chamado “Exército Popular”, comandado por Ashraf al-Mansi, no norte de Gaza. Esses grupos foram identificados como colaboradores que recebem armas, financiamento e apoio logístico do exército israelense.
O funcionário de segurança afirmou que “o número de membros de gangues que colaboram com a ocupação está agora limitado a algumas centenas em toda a Faixa de Gaza, excluindo a milícia Abu Shabab, que sozinha conta com cerca de 2.000 membros”. “Esses grupos têm estado envolvidos em sequestros, assassinatos, sabotagens e em fornecer cobertura armada às forças israelenses”, acrescentou.
Informações recentes obtidas por meio de interrogatórios revelaram o grau de coordenação entre essas milícias e o exército israelense, que inclui a realização de operações de segurança e ataques contra combatentes da resistência.
Segundo o funcionário, “os membros da milícia frequentemente tentam realizar incursões próximas a posições israelenses, mas as forças de segurança do Hamas os confrontam e os neutralizam”.
O Ministério do Interior afirmou que o “Exército Popular” de Al Mansi, ativo nas proximidades da passagem norte de Erez, é a facção mais fraca e opera sob estreita proteção israelense, o que dificulta os esforços do Hamas para enfrentá-los diretamente.
A repressão do Hamas envolveu a apreensão de grandes quantidades de armas, incluindo rifles Kalashnikov, metralhadoras, munições e veículos fornecidos por Israel a essas milícias.
De acordo com a fonte de segurança, “o número de milícias na Faixa de Gaza diminuiu drasticamente desde que o Hamas lançou sua campanha”. “O número de membros de gangues que colaboram com a ocupação é pequeno e não ultrapassa algumas centenas em toda a Faixa de Gaza”, declarou a fonte de segurança do Ministério do Interior.
Ele destacou que essa estimativa não inclui o grupo de Abu Shabab. “O maior número pertence à milícia liderada por Yasser Abu Shabab, com base a leste da cidade de Rafah. Esta depende de famílias próximas que vivem na mesma área e está completamente sob a proteção do exército de ocupação”.
Na terça-feira, o Haaretz informou que o Hamas já restabeleceu o controle sobre as áreas de Gaza das quais as forças israelenses se retiraram, segundo avaliações do exército israelense. Fontes do exército indicaram ao Haaretz que a maioria das milícias locais foi eliminada ou dissolvida, e que não houve oposição local à retomada do controle pelo Hamas.
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