Zohreh Sedaqat, uma estudiosa iraniana especializada em estudos sobre as mulheres, afirma que os ensinamentos centrais do Islã reconheceram direitos significativos para as mulheres desde o início, mas a implementação plena desses direitos enfrentou obstáculos ao longo da história — e ainda enfrenta hoje.
Em entrevista à IQNA, Sedaqat observou: “O Islã foi progressista para a sua época, garantindo às mulheres direitos à propriedade, independência financeira, educação, escolha no casamento e participação na vida pública.”
No entanto, ela acrescenta que diversos fatores impediram a concretização total desses direitos. “Alguns desses desafios têm origem em estruturas patriarcais e interpretações restritivas dos textos religiosos. Outros decorrem de condições culturais específicas de determinadas sociedades”, explicou.
Além da educação, Sedaqat propôs outras medidas, como reinterpretar os textos religiosos relacionados às mulheres com base em princípios de justiça e razão; criar estruturas legais e culturais que permitam às mulheres atuarem na gestão, na política e na vida pública; apoiar o diálogo intergeracional; e fortalecer a participação centrada na família que reconheça o papel fundamental da mulher na sociedade.
Esses esforços, segundo ela, são essenciais para alinhar os valores islâmicos aos desafios contemporâneos e garantir que as mulheres não sejam privadas dos direitos que o Islã originalmente lhes concedeu.
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