15 setembro 2025 - 00:37
Irã alerta que revogará acordo com a AIEA em caso de qualquer medida hostil

O Irã afirmou que, caso sejam adotadas medidas hostis contra a República Islâmica e suas instalações nucleares, o novo acordo firmado com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) será imediatamente suspenso.

Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA): O Ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, assinou na última terça-feira um novo acordo no marco da cooperação entre Teerã e a AIEA, reafirmando a responsabilidade e o compromisso do Irã mesmo após os ataques perpetrados pelo regime sionista de Israel e pelos Estados Unidos contra as infraestruturas nucleares do país, em junho passado.

Neste contexto, o Conselho Supremo de Segurança Nacional (CSSN) do Irã destacou, em comunicado oficial divulgado neste domingo, que “o texto das disposições foi analisado e aprovado pelo Comitê Nuclear vinculado ao CSSN, e o documento assinado está em plena conformidade com o que foi aprovado por este comitê”.

Neste contexto, o Conselho Supremo de Segurança Nacional (CSSN) do Irã destacou, em comunicado oficial divulgado neste domingo, que “o texto das disposições foi analisado e aprovado pelo Comitê Nuclear vinculado ao CSSN, e o documento assinado está em plena conformidade com o que foi aprovado por este comitê”.

O comunicado também ressalta que o referido comitê, composto por altos responsáveis de diferentes órgãos especializados, está autorizado pelo CSSN a tomar decisões em todas as etapas e, “nesta ocasião, também agiu de acordo com os procedimentos estabelecidos”.

Em relação à entrega de relatório sobre os danos causados às instalações nucleares iranianas nos ataques dos EUA e de Israel, o documento esclarece que, após a adoção das garantias de segurança necessárias, “o Irã submeterá seu relatório à AIEA apenas após consulta e aprovação final do CSSN”.

Além disso, os mecanismos de cooperação entre o Irã e a AIEA, no tocante ao referido relatório, deverão ser definidos de maneira conjunta entre as partes. Conforme os trâmites internos, toda e qualquer ação deverá ser previamente aprovada pelo CSSN.

O comunicado ainda adverte que, caso qualquer ação hostil seja tomada contra o Irã ou suas instalações nucleares — incluindo a ativação do mecanismo de "snapback" —, “a implementação do acordo será suspensa imediatamente”.

Na terça-feira, Araqchi enfatizou que “o Irã jamais abrirá mão de sua soberania, de seus direitos e da sua segurança nacional. Ainda assim, ao firmar este novo acordo com a AIEA, mesmo diante das ações ilegais dirigidas contra o país, o Irã demonstrou contenção e senso de responsabilidade”.

Após os ataques ocorridos em junho, o Irã denunciou que o diretor da Agência, Rafael Grossi, não cumpriu suas obrigações legais de proteger as instalações nucleares pacíficas do país — que seguem sob a supervisão contínua da AIEA, conforme os dispositivos do Acordo de Salvaguardas e do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) — diante das agressões coordenadas por Israel e os Estados Unidos.

Diante desse cenário, o Parlamento iraniano aprovou por unanimidade uma legislação que obriga o governo a suspender toda forma de cooperação com a AIEA até que a segurança total das instalações nucleares do país seja garantida. Desde então, os inspetores da Agência estão proibidos de acessar os locais nucleares iranianos.

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