19 março 2025 - 05:19
Mundo condena retomada dos ataques israelenses a Gaza

China, Austrália, Espanha e Países Baixos, entre outros, classificaram os ataques letais de Israel contra Gaza como preocupantes e pediram o retorno ao cessar-fogo.

Países ao redor do mundo começaram a se pronunciar após o exército de Israel atacar a Faixa de Gaza na manhã desta terça-feira, violando o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, o que resultou na morte de mais de 322 palestinos, de acordo com autoridades de Gaza.

A China instou as partes envolvidas no conflito em Gaza a garantir a implementação efetiva do cessar-fogo, em vigor desde meados de janeiro, a fim de evitar uma nova escalada e uma crise humanitária de maior magnitude.

A China está acompanhando de perto a situação em Israel e na Palestina e espera que todas as partes promovam de forma contínua e eficaz a implementação do acordo de cessar-fogo. É fundamental evitar qualquer ação que possa levar a uma escalada do conflito", declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, exigiu a manutenção da trégua acordada entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas). 'Há muito sofrimento em Gaza neste momento, por isso pedimos a todas as partes que respeitem o cessar-fogo', afirmou.

"A Austrália continuará a defender a paz e a segurança na região", acrescentou o primeiro-ministro do país oceânico.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, expressou a rejeição de Madri à retomada dos bombardeios indiscriminados de Israel contra a população civil em Gaza e alertou que essa não é a melhor via para a paz e a segurança.

"Não encontro palavras para descrever a situação em Gaza (...) Precisamos lamentar e rejeitar esta nova onda de violência e os bombardeios, que, além disso, atingem indiscriminadamente a população civil", afirmou Albares, lembrando também a condenação do governo à decisão anterior de Israel de suspender a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e cortar o fornecimento de energia elétrica.

O ministro das Relações Exteriores dos Países Baixos, Casper Veldkamp, defendeu o fim permanente das hostilidades em Gaza e lembrou às partes em conflito que devem respeitar os termos do acordo de cessar-fogo, garantindo a proteção de todos os civis.

Além disso, ele destacou que a ajuda humanitária deve ser acessível a quem precisa, já que o regime de Israel mantém bloqueada a entrada de alimentos em Gaza desde 2 de março.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, classificou a retomada da guerra em Gaza como 'um novo ciclo de tensões crescentes' e enfatizou que 'o que é especialmente preocupante são as informações recebidas sobre as enormes baixas entre a população civil', afirmou o porta-voz da Federação Russa.


O massivo ataque de terça-feira, ordenado por Netanyahu e com o apoio dos EUA, soma-se a outros ataques realizados por Israel contra Gaza, apesar do cessar-fogo firmado com o Hamas.

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