Em uma nota publicada nesta sexta-feira em sua conta na plataforma X, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, afirmou que Merz está do lado errado da história ao apoiar os crimes cometidos pelo regime sionista contra o povo palestino.
“Merz insiste em se consolidar ainda mais no lado errado da história ao afirmar seu apoio fervoroso a um agressor genocida”, escreveu Baghaei .
O diplomata alertou que é extremamente desrespeitoso qualquer estadista ignorar — ou, pior ainda, tentar justificar — uma agressão flagrante e sérias violações do direito internacional.
“Ao simpatizar com o regime israelense, seus crimes de guerra e seu genocídio, Merz ignorou o lema histórico alemão ‘Nie wieder Krieg’ (‘Nunca mais guerra’)”, afirmou o porta-voz, referindo-se a um slogan que surgiu na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial.
Segundo Baghaei, o apoio do líder da CDU ao regime israelense mostra não apenas seu distanciamento da consciência histórica, mas também uma clara falta de respeito pela memória coletiva do povo alemão.
Em referência à agressão israelense contra o Irã, ele destacou que a República Islâmica não perdoará aqueles que apoiaram Tel Aviv em seus ataques contra a nação iraniana.
Ele também lembrou que o Irã jamais tolerou o fato de Berlim ter fornecido armas químicas ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, que as utilizou contra os iranianos durante a guerra imposta na década de 1980.
“A história não perdoa facilmente, e a memória das nações é longa”, enfatizou.
Merz havia declarado recentemente que “a razão de Estado da Alemanha é proteger a existência de Israel”, uma afirmação interpretada como apoio incondicional às ações militares do regime sionista — da Faixa de Gaza até Teerã — sob o pretexto de “autodefesa”.
Referindo-se especificamente ao Irã, Merz afirmou anteriormente que “não tinha motivo algum para criticar” as ações militares contra a República Islâmica.
Desde outubro de 2023, o regime israelense matou pelo menos 56.156 palestinos, a maioria crianças e mulheres, na sitiada Faixa de Gaza.
Além disso, cometeu agressões contra o Líbano, Síria e Iêmen e, mais recentemente, lançou um ataque direto contra o Irã, resultando na morte de mais de 600 pessoas, incluindo comandantes militares, cientistas nucleares e civis.
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