Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA) – Em 4 de novembro de 1979 — 13 de Aban de 1358 do calendário persa — foi declarado o Dia dos Estudantes e o Dia Nacional de Luta contra a Arrogância Global. Nessa data, um grupo de estudantes revolucionários, cientes dos atos de espionagem praticados por Washington contra o Irã, tomou a embaixada dos Estados Unidos em Teerã, capital iraniana, conhecida como “o ninho de espionagem”.
A cerimônia do 13 de Aban deste ano foi realizada em todo o país sob o lema “Unidos e firmes diante da arrogância”.
Em todas as províncias do Irã foram realizadas manifestações. Em Teerã, centenas de milhares de cidadãos reuniram-se na Praça da Palestina e, em seguida, dirigiram-se à antiga sede diplomática dos Estados Unidos.
Como parte da manifestação, foram exibidas representações simbólicas de mísseis e centrífugas iranianas ao longo do percurso. Os participantes também queimaram réplicas das bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, em sinal de indignação por décadas de agressões.
Os manifestantes entoaram palavras de ordem como “Morte aos EUA” e “Morte a Israel”, carregando imagens dos mártires dos ataques israelenses e norte-americanos durante a guerra de 12 dias.
O dia 4 de novembro é celebrado tanto como o Dia do Estudante quanto como o Dia Nacional de Luta contra a Arrogância, em lembrança de três eventos históricos marcantes no Irã: o exílio do Imam Khomeini (r.a.) para a Turquia em 1964, o massacre de estudantes manifestantes em 1978 e a tomada da embaixada dos Estados Unidos em 1979. A data tornou-se um símbolo de dignidade nacional, resistência e desafio contra os inimigos estrangeiros na memória coletiva do povo iraniano.
Dirigindo-se a milhares de estudantes, universitários e familiares dos mártires da recente guerra de 12 dias imposta por Israel à República Islâmica, por ocasião da comemoração de 4 de novembro de 1979, Ayatollah Khamenei, Líder da Revolução Islâmica do Irã, descreveu nesta segunda-feira esse dia como “um dia de orgulho e vitória”, afirmando que ele deve permanecer vivo na memória coletiva da nação. “A tomada da embaixada dos Estados Unidos revelou a verdadeira identidade do governo americano e a essência genuína da Revolução Islâmica”, destacou.
Segundo Ayatollah Khamenei, o conflito entre Teerã e Washington começou com o golpe de Estado de 19 de agosto de 1953, e não com a tomada da embaixada dos Estados Unidos em 1979. “A tomada da embaixada permitiu descobrir uma grande conspiração e uma grave ameaça contra a Revolução”, afirmou, acrescentando que os estudantes reuniram documentos classificados que mostravam que, a partir daquela missão diplomática, estava sendo elaborado um plano secreto para derrubar a recém-estabelecida República Islâmica.
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