O jejum tem um caráter sagrado nas religiões primitivas e entre os povos nativos e tribos primitivas. Entre as cerimônias das tribos nativas americanas, a abstinência de alimentos era comum. Eles acreditavam que jejuar ajudava a obter orientação e direção do Espírito Supremo.
Entre muitas antigas civilizações, a abstinência de comer e beber era uma forma de arrependimento diante de Deus e servia como expiação pelos pecados. Os antigos mexicanos também praticavam a abstinência de alimentos como uma forma de expiação, com períodos que variavam de um dia a vários anos. Os mais piedosos entre eles se abstinham de alimentos por meses para afastar calamidades e desastres.
No antigo Egito, após a morte de um faraó, seus súditos jejuavam e se abstinham de consumir carne, pão, trigo, vinho e de qualquer diversão. Eles até evitavam tomar banho, usar óleos para o cabelo e deitar em leitos macios.
Jejum nas religiões divinas.
O jejum é uma das obrigações que é considerada um pilar essencial em todas as religiões divinas. Além das religiões divinas, como o Islã, Cristianismo e Judaísmo, essa prática também existe em outras seitas que não são consideradas religiões divinas, como os politeístas da Índia, embora haja diferenças nos detalhes e na forma de jejuar.
O Alcorão diz a esse respeito: “Ó vós que credes, o jejum foi prescrito para vós, assim como foi prescrito para aqueles que vieram antes de vós, para que possais temer a Deus.” O comentarista Allameh Tabatabai afirma que a frase “como foi prescrito para aqueles que vieram antes de vós” indica que o jejum também era obrigatório nas religiões celestiais anteriores, embora na Torá e no Evangelho que estão em mãos dos judeus e cristãos hoje, não haja menção clara da obrigatoriedade do jejum, mas sim uma exaltação e louvor a ele; no entanto, eles ainda jejuam por alguns dias do ano de várias maneiras.
Allameh Tabarsi, um grande comentarista do Alcorão, também enfatiza a obrigatoriedade do jejum entre todas as religiões e escreve que o jejum tem sido uma prática respeitada entre os profetas e suas comunidades desde a época de Adão até hoje.
No judaísmo, o Antigo Testamento menciona o jejum individual de figuras como Davi, Esdras, Elias, Daniel e outros. O Profeta Moisés (que a paz esteja com ele) também jejuou por quarenta dias e noites no Monte Sinai antes de receber as tábuas da aliança de Deus.
Além disso, na Torá, Deus disse a Jacó (que a paz esteja com ele): “Fiz-te jejuador e humilde.” Todos esses testemunhos indicam que o jejum existia entre os judeus e recebia atenção especial. No cristianismo, as escrituras sagradas também mencionam a obrigatoriedade do jejum e o exaltam, e o Evangelho faz referência ao jejum de Jesus (que a paz esteja com ele) por quarenta dias e noites.
O jejum mais conhecido entre os cristãos é de quarenta dias antes da Páscoa.
No Islã, o jejum é mencionado como uma das obrigações divinas. Em vários versículos do Alcorão, há ordens sobre jejuar durante o mês do Ramadan e muitos dos regulamentos relacionados a isso. Em outros versículos, o jejum é mencionado como expiação por alguns pecados.
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