21 abril 2025 - 01:27
Nigéria: Grupo Islâmico Elogia Apoio do Governador de Jigawa ao Uso do Hijab por Mulheres em Empresas de Segurança

Uma organização nigeriana de direitos humanos islâmicos elogiou recentemente a decisão do governador do Estado de Jigawa de permitir que funcionárias muçulmanas de empresas privadas de segurança usem o hijab como parte do uniforme.

Em um comunicado divulgado em 17 de abril de 2025, o grupo Muslim Rights Concern (MURIC) expressou seu apoio à diretiva do governador Umar Namadi às três empresas de segurança privadas que operam no estado, orientando-as a permitir o uso do hijab pelas funcionárias muçulmanas.

O Diretor Executivo do MURIC, Ishaq Akintola, elogiou o governador, descrevendo a medida como um gesto de consciência religiosa e respeito à modéstia no ambiente profissional, segundo o site oficial da organização.

Ele também destacou que a decisão se aplica a um contingente de quase 10 mil funcionárias, conforme dados locais.

“O governador Umar Namadi do Estado de Jigawa ordenou que as três empresas privadas de segurança no estado permitam que suas funcionárias muçulmanas usem o hijab sobre os uniformes. Segundo relatos, essas empresas empregam um total de 9.969 profissionais de segurança”, declarou o MURIC.

A organização afirmou que a medida demonstra um compromisso com a inclusão e a dignidade das mulheres no ambiente de trabalho.

Akintola também conclamou os líderes muçulmanos do país a praticarem abertamente sua fé, respeitando os direitos de todos, e enfatizou que os ensinamentos islâmicos defendem a justiça e equidade para todas as crenças.

Contexto:

A Nigéria é um país multi-religioso com mais de 200 milhões de habitantes. Os muçulmanos representam cerca de 50% da população, com predominância no norte do país, onde está situado o Estado de Jigawa.

O uso do hijab tem sido tema de debates legais e públicos, especialmente em estados do sul da Nigéria, onde políticas mais seculares são aplicadas de forma rígida.

Organizações de direitos humanos frequentemente manifestam preocupação com restrições ao uso de vestimentas religiosas, alegando que isso fere as garantias constitucionais de liberdade religiosa.

Nos últimos anos, vários casos foram levados aos tribunais. Em 2022, a Suprema Corte da Nigéria decidiu que alunas poderiam usar hijab em escolas públicas de Lagos, reforçando o direito à liberdade religiosa. No entanto, a aplicação da decisão varia entre as regiões.

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