Do ponto de vista do Islã, o amor e a misericórdia são ferramentas essenciais na criação dos filhos”, afirmou Masoumeh Sadat Tabatabai.
Ela se referiu ao versículo 159 da Surata Al-Imran no Alcorão, onde Deus diz ao Profeta Mohammad (s.a.a.s):
“Se fosses rude e de coração duro, eles teriam se afastado de ti.”
Tabatabai explicou que esse versículo ilustra a necessidade da bondade, mesmo em papéis de liderança — e, especialmente, na parentalidade.
Ela acrescentou que as instruções divinas dirigidas a outros profetas também enfatizam a importância de uma fala cuidadosa e respeitosa — mesmo ao falar com inimigos —, destacando como a influência emocional é um elemento vital para uma comunicação eficaz.
“Sem essas ferramentas emocionais, não podemos esperar que nossas palavras e ações ressoem com as crianças de forma significativa ou duradoura”, afirmou.
Tabatabai também discutiu o princípio mais amplo da justiça no Islã, que ela descreveu como central para todos os aspectos da vida, incluindo o culto e as relações familiares.
“O Islã é uma religião construída sobre uma justiça abrangente”, disse, citando os ensinamentos corânicos que encorajam a equidade em todas as ações, inclusive na caridade.
Ela compartilhou uma história sobre o Profeta Mohammad (s.a.a.s) que observou um companheiro que havia se afastado da vida familiar para se dedicar inteiramente ao culto. Segundo Tabatabai:
“O Profeta (PBUH) não aprovou. Ele ensinou que um verdadeiro crente é aquele cujas ações são equilibradas e justas — não alguém que negligencia as responsabilidades familiares ou sociais em favor de uma devoção unilateral.”
No contexto da parentalidade, ela advertiu contra os extremos:
“Comportamento controlador, rigidez, interrogações constantes ou até mesmo afeto excessivo — nenhuma dessas abordagens é eficaz isoladamente.”
Em vez disso, ela defendeu um estilo de criação que combine disciplina equilibrada com calor emocional e um forte senso de justiça.
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