Mansur anunciou que o documento deverá ser submetido à votação na próxima semana, antes da conferência — também sediada na ONU — sobre a solução de dois Estados.
O diplomata palestino expressou agradecimento à iniciativa espanhola, que conta com o apoio do presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, defensor recente da imposição de sanções e de um embargo de armas ao regime de Israel.
Segundo fontes diplomáticas, o rascunho da resolução está “quase pronto” e poderá começar a circular em breve entre as demais delegações, com o objetivo de ampliar as consultas e avançar com os trâmites diplomáticos nos próximos dias.
Na semana passada, Riyad Mansur comoveu os presentes ao chorar durante seu discurso na ONU, ao relatar o genocídio israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza, que já provocou a morte de mais de 54.500 pessoas desde outubro de 2023.
Por sua vez, o governo espanhol tem promovido diversas iniciativas que denunciam os massacres cometidos por Israel no enclave costeiro, atualmente devastado pela guerra.
Na última quarta-feira, o chanceler espanhol, José Manuel Albares, exortou outros países a reconhecerem o Estado da Palestina, alertando que a solução de dois Estados está se tornando inviável.
A esse respeito, o representante palestino destacou que a Espanha assumiu “a liderança” há pouco mais de um ano ao reconhecer oficialmente o Estado da Palestina — passo que, segundo ele, poderá ser seguido por outros países ainda neste mês, tendo em vista uma cúpula internacional articulada, entre outros, pelo presidente francês, Emmanuel Macron.
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