3 novembro 2025 - 21:27
Unicef alerta que mais de um milhão de crianças em Gaza carecem de água potável e alimentos básicos

A Unicef afirma que mais de um milhão de crianças em Gaza ainda precisam de água e alimentos e que, apesar da trégua, continuam indo dormir com fome todas as noites.

Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA) – Em uma entrevista coletiva realizada neste domingo, a porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Tess Ingram, afirmou que o cessar-fogo é “uma boa notícia”, pois representa o fim dos bombardeios diários que estavam matando crianças, mas advertiu que “não é suficiente, por si só, para acabar com a fome nem para garantir que as famílias tenham acesso a água potável e segura”.

“As famílias em Gaza continuam lutando diariamente para sobreviver, e a infraestrutura que fornecia água e atendimento médico às crianças sofreu danos graves, o que torna extremamente difícil o acesso a esses serviços básicos”, destacou.

Além disso, ela afirmou que a entrada de alimentos na Faixa de Gaza continua sendo “lamentavelmente insuficiente” e que as quantidades recebidas ainda estão muito abaixo dos níveis que entravam antes do início da guerra.

Ela acrescentou que milhares de crianças continuam indo dormir com fome, enquanto outras, nos hospitais, sofrem de doenças tratáveis, mas a escassez de médicos e medicamentos as obriga a padecer sem receber atendimento.

Anteriormente, o organismo havia alertado que mais de 450 mil crianças palestinas correm o risco de morrer apenas na Cidade de Gaza, em consequência das agressões israelenses e da fome.

Israel desencadeou sua guerra genocida contra Gaza em 7 de outubro de 2023, depois que o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (HAMAS) realizou a histórica operação “Tempestade de Al-Aqsa” contra o regime de ocupação, em retaliação pelas atrocidades intensificadas contra o povo palestino.

O regime de Israel aceitou um acordo de cessar-fogo em Gaza após dois anos, depois de não conseguir atingir seus objetivos declarados de eliminar o HAMAS e libertar à força todos os cativos — apesar de ter matado 68.858 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, e ferido outros 170.664.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitiu uma decisão afirmando que Israel “tem a obrigação” de permitir e facilitar a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e deve parar de “usar a fome” como “método de guerra”.

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