Agência de Notícias AhlulBayt (ABNA) – As autoridades italianas detiveram o destacado ativista palestino Mohammed Hannoun, enquanto países europeus intensificam uma repressão contra vozes que denunciam os crimes genocidas de Israel contra a nação oprimida.
Hannoun, presidente da Associação Palestina na Itália, foi preso juntamente com outras oito pessoas no sábado, sob a acusação de financiar o grupo de resistência palestino Hamas por meio de instituições de caridade.
Em comunicado, promotores afirmaram que o ativista seria o “chefe da célula italiana da organização Hamas”.
Eles também alegaram que os suspeitos teriam enviado cerca de 7 milhões de euros (US$ 8,2 milhões) a “associações… de propriedade, controladas ou vinculadas ao Hamas”.
No entanto, o advogado de Hannoun, Fabio Sommovigo, afirmou que os recursos foram arrecadados de forma pacífica para fins humanitários, acrescentando que o caso se baseia na interpretação das autoridades israelenses sobre a movimentação de recursos financeiros.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni — que tem enfrentado críticas por sua posição pró-Israel durante o genocídio do regime contra os palestinos na Faixa de Gaza — expressou sua “apreciação e satisfação” com a operação de prisão.
Nascido na Jordânia em 1962, Hannoun reside há muitos anos na cidade portuária italiana de Gênova.
Arquiteto de profissão, ele organizou e participou de manifestações públicas, iniciativas de solidariedade e campanhas de conscientização em apoio à causa palestina.
Ele já havia descrito o Hamas como um ator político legítimo, afirmando: “Sou simplesmente um palestino que há décadas está engajado na luta pelos direitos de seu povo. O Hamas recebeu mais de 70% dos votos em Gaza e na Cisjordânia, portanto é um representante legítimo do povo palestino. E sou um simpatizante do Hamas, assim como de toda facção que luta pelos meus direitos”.
As detenções ocorrem em um momento em que alguns países europeus intensificaram esforços para silenciar ativistas e grupos pró-Palestina por meio de processos judiciais, dissoluções forçadas e congelamento de contas.
Os mesmos Estados europeus são cúmplices dos crimes de guerra de Israel ao manterem seus vínculos econômicos e militares com o regime criminoso, que matou 71.266 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
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