De acordo com a Agência Internacional Ahlulbayt (a.s.) - Abna - o quarto sermão foi proferido após a batalha de Jamal e a morte de Talha e Zubair no ano 36 da Hijra. Embora Seyyid Razi, de acordo com seu costume habitual, não tenha mencionado a cadeia de transmissão desta narrativa, a cadeia pode ser encontrada em “Bihar al-Anwar” e na explicação do Nahj al-Balagha por Allameh Majlisi, Minhaj al-Barah e na explicação do Nahj al-Balagha por Qutb Rawandi, sendo relatada do Imam Hasan al-Askari (a.s.) de seus antecessores, até o Imam Ali (a.s.).
Seyyid Razi também começa este sermão descrevendo-o como: “É uma das mais eloquentes falas dele (a.s.), e nela ele admoesta as pessoas e as guia de sua perdição.” Este sermão possui cerca de 10 frases, e uma de suas características é que cada frase, de forma independente, tem um significado útil e pode ser separada das outras, enquanto o conjunto possui uma bela ordem e combinação.
Em uma visão geral, os conteúdos deste sermão podem ser divididos em três categorias: a orientação das pessoas nas trevas e escuridões pela família da Ahlulbayt (a.s.) para levá-las ao auge do progresso e à manhã da felicidade; a ênfase na atenção às intrigas disfarçadas de religião pelos instigadores da batalha de Jamal e o apoio do povo de Basra aos instigadores; e a declaração clara do que aconteceu para que o povo não caia novamente em perdição.
Este sermão é um aviso renovado ao povo de Basra para que não se oponham novamente ao governante islâmico e insistam em sua perdição e desvio, especialmente agora que a verdade foi claramente apresentada a eles, e eles devem ter ouvidos atentos e corações prontos para entendê-la.
No Caminho da Orientação ou da Perdição!
O trecho final deste sermão é a última frase do diálogo do Imam com os habitantes de Basra. Uma frase que pode ser dita sobre qualquer um que, ao longo da história, se opôs à verdade: “Hoje nos encontramos em um caminho de verdade e falsidade.” Ou, em outras palavras, estamos em uma encruzilhada entre a verdade e a falsidade, onde nós seguimos em uma direção e vocês em outra! Este resultado é esclarecido ao examinarmos a raiz da palavra “تواقَفْنا” (tawaqafna), que significa “parar e permanecer” e a diferença com “توافقنا” (tawafaqna), que significa “concordar e fazer paz”.
Na última frase, ele diz: “Quem confia na água não terá sede.” Isso se refere ao fato de que aquele que tem um líder e guia confiável não cai em dúvidas, incertezas, tentações diabólicas, ansiedade e desconfiança; pois se sente ao lado da fonte da água pura do conhecimento. A confiança na “Imamat” na “tranquilidade e orientação” da ummah é um dos pontos mais importantes das crenças dos xiitas.
Fontes:
- Livro: Mensagem do Imam, Explicação do Nahj al-Balagha por Ayatollah Makarem Shirazi
- Livro: Narradores e Tradicionistas do Nahj al-Balagha, falecido Muhammad Dashti
- Livro: O Reflexo da História, Explicação do Nahj al-Balagha por Ibn Abi al-Hadid Mu’tazili
- Livro: Explicação do Nahj al-Balagha por Ibn Maytham Baharani, tradução de Muhammad Moghadam
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