Agência Internacional de Notícias Ahlul Bayt (ABNA): Se quisermos expressar o objetivo da [revolta do] Imam Hussein (A.S.), devemos dizer que o objetivo daquele grande homem consistia em cumprir um dever grandioso dentre os deveres da religião, um dever grandioso que ninguém antes do Imam Hussein – nem mesmo o próprio Profeta – havia cumprido. Nem o Profeta havia cumprido esse dever, nem o Amir al-Mu'minin, nem o Imam Hassan Mujtaba.
Era um dever que ocupa um lugar importante na estrutura geral do sistema de pensamento, valores e prática do Islã. Apesar de ser um dever muito importante e fundamental, até o tempo do Imam Hussein, esse dever não havia sido cumprido... O Imam Hussein precisava cumprir esse dever para que servisse de lição para toda a história. Assim como o Profeta formou um governo; a formação do governo se tornou uma lição para toda a história do Islã e não apenas trouxe a sua regra. Ou o Profeta fez o jihad em nome de Deus, e isso se tornou uma lição para toda a história dos muçulmanos e da história da humanidade – para sempre. Esse dever também deveria ser cumprido pelo Imam Hussein (A.S.) para que fosse uma lição prática para os muçulmanos e para o curso da história.
Agora, por que o Imam Hussein deveria fazer isso? Porque a oportunidade de cumprir esse dever surgiu no tempo do Imam Hussein. Se essa oportunidade não tivesse surgido no tempo do Imam Hussein; por exemplo, se tivesse surgido no tempo do Imam Ali al-Naqi (A.S.), o Imam Ali al-Naqi teria feito a mesma coisa, e o grande evento e o grande sacrifício da história do Islã teriam sido o Imam Ali al-Naqi (A.S.). Se tivesse surgido no tempo do Imam Hassan Mujtaba ou no tempo do Imam Sadiq (A.S.), aqueles grandes homens teriam agido. No tempo antes do Imam Hussein, não surgiu; e depois do Imam Hussein, durante todo o período da presença dos Imames até a era da ocultação, também não surgiu!
Então, o objetivo consistiu em cumprir esse dever... E naturalmente, o cumprimento desse dever leva a um dos dois resultados: ou o resultado é alcançar o poder e o governo; muito bem, o Imam Hussein estava pronto. Se o Hazrat alcançasse o poder, ele o manteria firmemente e administraria a sociedade como no tempo do Profeta e do Amir al-Mu'minin. Em outro momento, o cumprimento desse dever não leva ao governo, mas leva ao martírio. Para isso também o Imam Hussein estava pronto. Deus havia criado o Imam Hussein, e os outros grandes Imames, de tal forma que pudessem suportar o pesado fardo de tal martírio que viria a surgir para essa causa, e eles suportaram.
A história se repete, e bem-aventurados aqueles que aprendem lições dos acontecimentos da história nos momentos cruciais da vida para não cometerem os erros de seus antecessores. As provações e tribulações dos companheiros do Imam Hussein (A.S.) não eram exclusivas daquela época, daquelas pessoas e daquele lugar, e nunca o serão, pois "Todo dia é Ashura e toda terra é Karbala". A coleção "Em Caminhada com Hussein (A.S.)" é uma abordagem escatológica dos eventos que aconteceram com alguns dos companheiros de Ashura.
Fontes:
- Site do Líder Supremo da Revolução.
- Site Media Montazer.
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