24 junho 2025 - 07:31
Se Senhora Zaynab (S.A.) Tivesse a Mídia de Hoje, o Que Faria?

Se Senhora Zaynab (S.A.) vivesse hoje, ela não ficaria em silêncio. Desta vez, em vez de gritar no palácio de Yazid, ela twitaria, postaria stories e assumiria o controle da narrativa. Em uma era onde a guerra não é apenas com mísseis, a narração é dever de todos, mesmo daqueles que não têm armas.

De acordo com a Agência Internacional de Notícias AhlulBayt (ABNA) – Hojjat al-Islam wal-Muslimin Mohammad Hossein Amin, escritor e pesquisador religioso, em um artigo exclusivo para a ABNA, abordou a questão da importância da mídia e do reflexo da verdade na guerra atual, comparando-a com o evento de Karbala e a grave responsabilidade de Zaynab al-Kubra (S.A.).

Nos dias em que o Irã e o regime sionista estão envolvidos em uma guerra desigual, o dever daqueles que não estão na linha de frente não é o silêncio. Aqueles que não estão na linha de frente devem estar constantemente "na linha" e transmitir a verdade. Hoje, a mídia é o campo da jihad. Se Zaynab al-Kubra (S.A.) estivesse presente nesta era, ela não apenas não adiaria a narração de Ashura para o dia seguinte, mas publicaria a voz da verdade no momento em que acontecesse. Com o poder da palavra, ela libertaria a opinião pública do cativeiro da mídia enganosa.


A Voz da Verdade, Mais Alta e Clara que um Míssil

A Dama da Epopeia e da Iluminação, no conselho de Sham, não tinha espada nem exército, mas tinha algo cujo poder era maior que qualquer arma: a narração. Ela não permitiu que a história de Ashura fosse monopolizada pela mídia Omíada. Ela mesma se levantou, falou, expôs. Não temeu a hegemonia de Yazid nem tremeu pela perda de seus entes queridos. Gritou corajosamente, claramente e de forma eloquente. Isso significa que a mídia estava nas mãos de Zaynab (S.A.). E se Zaynab (S.A.) estivesse viva hoje, ela não ficaria sentada em silêncio para que a CNN, a BBC e os canais hebraico-árabes enterrassem a verdade sob a poeira de sua propaganda venenosa. Ela se sentaria atrás de um meio de comunicação e, nos primeiros minutos do acontecimento, transmitiria a narrativa correta ao mundo; com hashtag, com imagem, com uma palavra de fogo, com tudo o que a mídia pudesse divulgar.


Guerra de Narrativas, a Linha de Frente de Hoje

Na guerra atual entre o Irã e o regime sionista, a mídia também é um míssil. Cada mentira que é difundida, cada silêncio que dá oportunidade à mentira, é uma bala para a frente da verdade. É um míssil para o coração da humanidade. É um ataque à alma daqueles que não possuem suficiente literacia mediática. Os profissionais da mídia, mesmo aqueles que estão atrás de uma mesa de trabalho ou de uma tela de celular, estão na linha de frente da jihad. E esta jihad não tem distinção de gênero, nem de idade, nem de profissão. A narração zaynabita é um dever; não é um slogan emocional, mas uma questão estratégica.

Em guerras híbridas, imagens de corpos, vídeos editados e narrativas tendenciosas podem causar mais baixas do que drones, micro-drones e mísseis intercontinentais. Se você está em casa e tem internet, se tem um celular e fica em silêncio, você não está à margem, mas sim na frente do inimigo. Querendo ou não. Se você não narra, não publica ou não reflete a verdade como ela é, sem dúvida, você é cúmplice no massacre ideológico de nossos jovens e adolescentes nesta guerra da mídia.


Uma Dama com Missão Global

Zaynab (S.A.) não era apenas para o dia de Ashura. Ela é um modelo para toda a história. Deus a levantou para ser um argumento para todas as mulheres que pensam: "Qual é o meu papel neste campo?". Hoje, uma mulher que republica a voz do oprimido e extrai a verdade das cinzas da guerra midiática é uma companheira de Zaynab. A Zaynab de hoje é uma jornalista, uma administradora de canal de verdade, uma usuária comum que transmite ao mundo tudo o que vê da firmeza da Ashura de hoje, é uma mãe cujo filho está na frente de batalha e ela mesma está nas redes sociais. Zaynab não é apenas um nome, é uma posição.


Nós, as Mídias da Resistência

Se somos seguidores de Hussein, devemos ser como Zaynab. Isso significa não ficar em silêncio. Significa que, onde quer que vejamos uma narrativa falsa, devemos responder com evidências e análises. A mídia não é apenas uma agência de notícias; hoje, um story, uma legenda, um tweet, um artigo, é jihad.

E se Zaynab (S.A.) tivesse a mídia, ela escreveria: "Eu não vi nada além de beleza" (Ma ra'aytu illa jamila), e transmitiria a beleza da defesa da pátria, a firmeza do país, a autoridade de um muçulmano e a hegemonia ilusória do inimigo, da cena cruel da Karbala de hoje, não com um filtro de beleza, mas com a clareza da dor e a mensagem de resistência e firmeza, para o mundo. Ela foi a primeira narradora de Ashura, não a última.


Nossa Arma, Nossa Narrativa

Zaynab (S.A.) nos ensinou que, mesmo em cativeiro, mesmo no exílio, mesmo desarmados, devemos narrar. Ela nos ensinou que a melhor mídia é a "comunicação" (e Abulagh). É a "iluminação" e esta é uma grande lição para nós. Hoje, se Zaynab estivesse aqui, ela conquistaria a mídia, com discernimento, com coragem, com honestidade. E nós, se somos seus seguidores, devemos escrever, republicar e gritar a verdade. Este é nosso dever, não um favor nosso. Lembremo-nos que hoje quem não vive como Husayn deve ser como Zaynab, caso contrário, é como Yazid.


Referências:

  1. Bihar al-Anwar, vol. 45, p. 135 – Sermão de Hazrat Zaynab (S.A.) no conselho de Yazid.
  2. Líder Supremo, Declaração do Segundo Passo da Revolução: "Hoje, as mídias são as armas que disparam pensamentos."
  3. Nahj al-Balaghah, Carta 47 – Imam Ali (A.S.): "Aquele que não sabe onde está, será vítima das correntes."
  4. Declarações do Líder Supremo, 24 de maio de 2021: "Jihad da Explicação é um dever urgente e universal."
  5. RAND Corporation (2019): "Narrative Warfare" – Análise da guerra de narrativas em batalhas modernas.

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